João Dória anuncia saída do governo de SP para focar em pré-campanha à presidente do País
Após a intensificação dos boatos de que não seria mais candidato a presidente da República, João Dória fez um pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes, nesta quinta-feira (31), anunciando a sua saída do governo de São Paulo para se dedicar exclusivamente a pré-candidatura ao referido cargo público. O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) irá assumir no seu lugar e também se candidatará à reeleição.
O anúncio da pré-candidatura de Dória encerra a notícia de que o PSDB o trocaria por Eduardo Leite, que deixou o governo do Rio Grande do Sul também com a intensão de disputar a Presidência. O paulista venceu as prévias do PSDB no fim de novembro passado obtendo 50% mais um dos votos, superando o próprio Leite e também o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, sendo por tanto o preferido dos tucans para enfrentar Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) no pleito de logo mais.
Em sua fala, Dória afirmou que será construída uma aliança com outros partidos em torno do seu nome. “Sim, serei candidato à Presidência da República pelo PSDB, nosso partido, o Partido da Social Democracia Brasileira. E junto, ao lado de outros partidos valorosos, de políticos e de pessoas que têm respeito pela democracia, pela vida e pelos cidadãos, nós vamos vencer, vamos vencer o populismo, a maldade, a adversidade, a corrução. E juntos, todos nós, vamos ter um novo Brasil. Viva a nossa pátria”, afirmou.
Em outro momento, o pré-candidato defendeu uma frente ampla e pregou a união entre as lideranças políticas. “Eu quero estar ao lado de vocês, a partir do próximo dia 2 [de abril], para mostrar que é possível, sim, ter uma nova alternativa para o Brasil. […] É hora de enfrentarmos as adversidades coletivamente e não individualmente. É hora de construir uma frente ampla”, discursou em tom de campanha.
A última pesquisa Datafolha, feita em 22 e 23 de março, simulou dois cenários da disputa presidencial com a presença de Doria no 1º turno. Em ambos, ele tinha 2% das intenções de voto na pesquisa estimulada (em que os nomes são apresentados aos entrevistados) – percentuais ainda menores do que ele havia registrado em pesquisa feita em dezembro.