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Concluído inquérito sobre o assassinato em shopping de Dourados

Após dez dias de investigação, sendo ouvidas 20 testemunhas, feitas oito perícias e realizadas 13 audiências, a Polícia Civil concluiu o inquérito do assassinato de um bioquímico dentro de uma sala de cinema de Dourados. Conforme as informações, o policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos, foi indiciado por homicídio.

No dia 08 deste mês, o cabo matou Julio Cesar Cerveira Filho, de 43, após uma discussão por conta de um acento no cinema do Shopping Avenida Center. O policial foi preso em flagrante e atualmente cumpre a prisão provisória no Presídio Militar de Campo Grande. A arma usada no crime, marca Smith & Wesson calibre 40, não tem registro.

Em nota distribuída à imprensa, o delegado responsável pelo caso, Francis Flávio Tadano Araújo Freire, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, disse que o inquérito já foi encaminhado ao Fórum de Dourados e os exames periciais ainda em curso serão encaminhados tão logo sejam concluídos.

O caso

Dijavan matou Júlio Cerveira, de 43 anos, dentro de uma sala de cinema do Shopping Avenida Center, em Dourados, na tarde do dia 08 de julho. No seu depoimento, relatou que estava com os filhos de 10 e 14 anos para assistir a um filme quando, já dentro da sala de cinema, a vítima teria passado a abrir e fechar braços e pernas atingindo a criança de 10 anos. Ele então interveio e pediu para que o sujeito parasse, trocando de lugar com o filho e deixando um assento vago entre as famílias.

Posteriormente, a vítima teria xingado o grupo e, após se levantar para deixar a sala de cinema, deu um tapa na criança de 10 anos. Júlio estava acompanhado da filha, de 14 anos. Após ver a agressão, Dijavan avisou que iria chamar a polícia, mas foi agarrado pela vítima, entrando em luta corporal. Neste momento, o policial identificou-se como cabo da PMA e retirou o revólver.

Júlio teria tentado desarmá-lo, derrubando Dijavan e fazendo a arma disparar automaticamente. O tiro acertou o peito e transfixou no pescoço. Júlio não resistiu e morreu no local, antes mesmo da chegada do socorro médico, que foi acionada pelo cabo, ainda conforme a sua versão.

O inquérito aponta que Julio morreu por traumatismo crânio-encefálico produzido por projétil de arma de fogo, tendo sido atingido por um único disparo certeiro. No momento do incidente, havia cerca de 80 pessoas na sala de cinema, sendo a maioria destas crianças e adolescentes.

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