Criança vence retinoblastoma graças tratamento do SUS e apoio da família
A retinoblastoma, câncer que sendo tratada pela menina Lua, de um ano e quatro meses, filha do casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, está entre os assuntos mais comentados do País desde que o assunto veio à tona, na última semana de janeiro.
A visibilidade da doença fez também surgir histórias de outros pacientes que venceram o mesmo tipo de câncer e que hoje têm uma vida normal.
Um desses casos é do garoto Arthur, de oito anos. Sua mãe, Michele de Farias Brito, de 45 anos, fazia fotografias do filho quando notou que o olho dele “ficava branquinho”.
Na época, em 2013, o garoto tinha apenas quatro meses de vida. A mãe percorreu clínicas e médicos, entre oftalmologistas e pediatras, até que conseguiu diagnosticar o retinoblastoma.
Arthur estava com o câncer nos dois olhos. Hoje está com a doença sob controle, em 2014, ele passou pela última sessão de quimioterapia.
O retinoblastoma é um câncer que atinge majoritariamente crianças com até 5 anos e pode levar, em casos mais graves, a perda dos olhos e da visão.
No caso de Arthur, não foi necessária a retirada de nenhum olho. No entanto, ele perdeu a visão do esquerdo.
Depois dos vários médicos que ela consultou para conseguir o diagnóstico, em 2013, um deles, especialista do Instituto Nacional do Câncer (Inca) conseguiu identificar o problema.
O câncer se desenvolveu devido a uma mutação que ocorreu durante a gestação. Juntamente do esposo, Michele Brito investigou junto ao Inca o histórico familiar para entender se o retinoblastoma era hereditário ou não. No caso deles, foi uma mudança genética, sem o fator familiar.
No dia 11 de novembro de 2013, Arthur fez a primeira quimioterapia no Rio de Janeiro, cidade onde mora até hoje.
A família sabe a data exata porque Michele Brito usou um caderno para anotar o que acontecia com o filho. Era um diário do tratamento que ela guarda até hoje para ter o histórico completo e evitar qualquer informação errada passada para os médicos.
A mãe fazia questão de anotar tudo o que o filho tomava, bem como os sintomas, se tinha febre, quando ele começou o tratamento, quando começou as quimioterapias.
Segundo ela, foi graças as suas anotações que conseguiu descobrir que uma injeção estava provocando uma reação no filho. O garoto não conseguia nem se mexer por causa do medicamento aplicado em sua veia.
Em entrevista ao site G1, a mãe recomendou para Daiana Garbin — e qualquer outra pessoa que esteja passando pelo mesmo problema — que anote todas as etapas da luta.
Para ela, isso foi fundamental para se sentir segura e acompanhando o avanço do filho.
Menos de 1 ano depois da primeira quimioterapia, em 15 de outubro de 2014, Arthur passou pela última. Entre o início e o fim, o bebê chegou a ter uma trombose e precisou de um tratamento com heparina.
Michele Brito conta que precisou aprender a dar a injeção para evitar os coágulos. Depois da última sessão até hoje, o menino cresceu em acompanhamento médico. Atualmente, está considerado curado do câncer.
Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, iniciou o tratamento contra o câncer em 2020. Até o fim de janeiro, a menina já havia realizado quatro sessões de quimioterapia.
A descoberta da doença e o tratamento foram os motivos que levaram ao afastamento de Tiago Leifert dos programas The Voice e do BBB.
Ainda segundo o casal, eles decidiram tornar público a doença da filha para poder ajudar a prevenir o retinoblastoma em outras crianças.
Nas redes sociais, os dois afirmaram que Lua está bem, saudável e reagindo positivamente ao tratamento do câncer.