São Sebastião, o soldado que serviu a dois exércitos e jamais negou Cristo
Uma das figuras religiosas mais populares no Brasil, São Sebastião foi um soldado romano que, ao contrário de muitos, tinha uma grande fé e devoção em Jesus Cristo. Por conta disso, sofreu com a perseguição, torturas e humilhações. É padroeiro de várias cidades, entre essas o Rio de Janeiro, além de proteger os soldados, militares e arqueiros.
Sebastião nasceu no ano de 256 na cidade de Narbona, na região da França. O nome tem origem grega, Sebastós, e significa ‘divino’ ou ‘venerável’.
Logo quando era criança a família mudou-se para Milão, na Itália, por conta disso ele possui a cidadania italiana.
Após completar a maior idade, Sebastião se alistou ao Exército de Roma para seguir a carreira militar de seu pai.
Tornou-se capitão da 1ª Guarda Pretoriana, que historicamente era ocupado apenas por pessoas consideradas ilustres, dignas e corretas.
São Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do imperador romano, Maximiano, que governava o Império Romano Ocidental.
Sebastião sempre foi cristão e por conta disso não participava dos martírios e nem das manifestações de idolatria dos romanos.
Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que mais precisavam.
São Sebastião teria se alistado no exército romano já com a única intenção de afirmar e dar força ao coração dos cristãos, enfraquecidos diante das torturas e exaustos por conta das perseguições.
Entretanto, a coisa mudou de figura assim que o imperador Maximiano determinou uma caçada aos cristãos que faziam parte do próprio exercito romano.
O pai de São Sebastião foi um dos expulsos do exercito, enquanto que ele permaneceu como capitão sem que o imperador soubesse de sua fé.
Mas Sebastião acabou descoberto e entregue ao imperador Maximiano, que tentou forçar Sebastião a renunciar sua fé para continuar como capitão do exército de Roma.
Sebastião negou, permaneceu crente em Cristo e o imperador, sentindo-se traído por uma pessoa que considerava leal a ele, determinou a prisão do santo e depois a sua execução para que servisse de exemplo para todos os cristãos de Roma.
Por ordem de Maximiano, São Sebastião teve uma morte cruenta diante de todos. Os arqueiros do exército de Roma tiraram as roupas do santo, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele.
Ferido gravemente e sem conseguir fugir, São Sebastião foi deixado no local para que sangrasse até morrer.
Porém, Deus em sua infinita bondade, fez aparecer uma mulher chamada Irene que encontrou Sebastião ainda vivo, mas muito debilitado.
Com a ajuda de outras pessoas, São Sebastião foi recolhido e escondido na casa de Irene, que cuidou de seus ferimentos até que se recuperou completamente.
Tempo depois, São Sebastião retornou às ruas de Roma para mostrar que estava vivo, fez pregações e passou a atacar o imperador Maximiano.
Por várias vezes, pediu para se encontrar com o governante, que sempre recusava atendê-lo. Sebastião ordenou que o imperador parasse de perseguir os cristãos e acabou sendo novamente capturado pelo exército.
O imperador mandou que açoitasse São Sebastião até morrer e que depois fosse jogado numa fossa para que nenhum cristão o encontrasse outra vez.
E assim aconteceu. São Sebastião foi espancado e depois enforcado na beira de um poço em um local secreto.
Tempo depois de sua morte, São Sebastião apareceu para Lucina, uma mulher cristã, e revelou o local onde estava o seu corpo. Ele também pediu para ser enterrado nas catacumbas junto dos apóstolos de Cristo.
Apesar desse pedido, São Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica.
Já nas catacumbas dos apóstolos foi erguido um templo, a Basílica de São Sebastião, e que existe até hoje recebendo devotos e peregrinos do mundo todo.
O culto a São Sebastião nasceu no século IV e atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. É celebrado no dia 20 de janeiro.
Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião.
A biografia de São Sebastião foi escrita no Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão.
Oração a São Sebastião
São Sebastião glorioso mártir de Jesus Cristo e poderoso advogado contra a peste, defendei a mim, minha família e todo o país do terrível flagelo da peste e de todos os males para que servindo a Jesus Cristo alcancemos a graça de participar de vossa Glória no céu. Amém.