Celso Portiolli está com câncer de bexiga; entenda a doença e o tratamento
Vivendo o auge de sua carreira como apresentador, estando à frente dos programas Domingo Legal e Show do Milhão, Celso Portiolli, de 54 anos, tornou público na terça-feira (28) que está com câncer de bexiga.
Muito ativo nas redes sociais, Celso Portiolli publicou um vídeo no Instagram explicando sobre o seu estado de saúde, que não é considerado grave, e também relatou a forma como descobriu a doença.
Segundo ele, o câncer na bexiga foi descoberto de forma precoce e agora está realizando o tratamento de imunoterapia, chamado de BCG (Bacillus Calmette-Guerin).
Celso deixou os seus seguidores preocupados, mas afirmou que a chance de cura é próxima dos 100%.
Na publicação, Celso Portiolli citou que fez neste mês de dezembro um procedimento endoscópico para a retirada de um pólipo da bexiga. “Único e pequeno”, descreveu ele.
O apresentador também afirmou aos seguidores que durante o tratamento da doença a sua vida seguirá normal, com a rotina de gravações e a publicação de vídeos no seu canal no Youtube.
“Vida normal, fazendo o que sempre fiz”, escrevei Celso Portiolli.
O apresentador aproveitou para agradecer aos médicos que detectaram a doença logo no na fase inicial, permitindo uma cura rápida.
“Estou otimista e com muita fé em Deus que tudo já ‘deu’ certo!!! Obrigado a minha esposa, filhos, família, ao meu amigo Joaquim e outros queridos amigos que me apoiaram emocionalmente, gratidão aos médicos, fui e estou sendo acolhido de uma maneira muito especial, OBRIGADO Dr Fernando Maluf e sua equipe, Dr Wladimir Alfer e sua equipe, ao SBT e obrigado a equipe de enfermeiros e todos que cuidaram de mim no Hospital Albert Einstein.”, postou ele.
Câncer de bexiga
O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão e é classificado de acordo com a célula que sofreu alteração.
Os sintomas são sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo.
Existem três tipos de câncer de bexiga:
Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga.
Carcinoma de células escamosas: afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongada.
Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.
Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.
Os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são registrados 10.640 novos casos por ano no Brasil, sendo 7.590 em homens e 3.050 em mulheres.
Os grupos de risco são homens brancos e de idade avançada, fumantes, exposição a diversos compostos químicos, especialmente o petróleo.
Entenda o que é e como funciona a terapia BCG?
A terapia com Bacillus Calmette-Guerin (BCG) é considerada a imunoterapia intravesical mais eficaz para o tratamento de câncer de bexiga em estágio inicial.
O bacilo de Calmette-Guerin é uma bactéria que está relacionada com o bacilo que causa a tuberculose.
Para tratar o câncer de bexiga, a vacina BCG é administrada diretamente na bexiga através de um cateter.
As células do sistema imunológico são atraídas para a bexiga e ativadas pela BCG, que por sua vez afeta as células do câncer de bexiga.
O tratamento com BCG pode provocar sintomas como gripe, febre, dor, calafrios e fadiga. Também pode provocar sensação de queimação na bexiga e necessidade de urinar com frequência.