Política

Mãe do pequeno Ravi se emociona na Tribuna: ‘Uma ferida que nunca sara’

Convidada para utilizar a Tribuna na sessão desta quinta-feira (16), a mãe do pequeno Ravi, Cintia Loureiro, se emocionou ao falar da lei complementar 762/21, que obriga a utilização de coletes salva-vidas em crianças de até 6 anos de idade nos clubes de Campo Grande.

O garoto, que tinha 3 anos, se afogou em uma piscina de um clube no dia 18 de outubro do ano passado, lutou pela vida, mas faleceu sete dias depois.

“A lei servirá para que nenhum pai ou mãe sinta a dor da perda. É uma ferida que nunca sara, que nunca para de doer. Eu agradeço ao Júnior Coringa pela iniciativa, e a Casa por ter votado a favor do projeto. Essa lei que levará o nome do meu filho salvará muitas e muitas crianças. Se estivesse sido feita há um ano e dois meses atrás, eu estaria com meu pequeno ao meu lado”, disse.

A norma, que já foi aprovada pela Casa e leva o nome de Lei Ravi, aguarda sanção do prefeito Marcos Trad. Ela obriga, expressamente, às crianças de até 6 anos de idade a utilização de colete salva-vidas em áreas de banho ou de natação, com profundidade superior a 1,30m.

“Ravi era obediente, não gostava de ir na piscina funda. Em um minuto, ele correu para a piscina funda. Foram exatos 60 segundos. Se já houvesse essa lei, com a obrigatoriedade do uso da boia, mesmo em piscinas rasas, ele ainda estaria conosco. Digo em meu nome, dos meus familiares, muito obrigado pela homenagem que salvará muitas crianças de acidentes”, completou Cintia.

Segundo o Ministério da Saúde, 17 pessoas morrem afogadas diariamente no Brasil, sendo que 3 delas são crianças. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático mostram que, em 2019, os afogamentos foram a segunda maior causa de óbito de crianças de faixa etária de 1 a 4 anos e a terceira maior causa de óbito de crianças entre 5 e 14 anos no país.

Deixe um comentário