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Decretada prisão preventiva de policiais que abasteciam presídio com drogas e celulares

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) decretou, nesta quarta-feira (20), a prisão preventiva dos policiais penal e militar reformado e de um detento que abasteciam o presídio de Campo Grande com drogas, celulares e bebidas alcoólicas.

Outras cinco mulheres que integravam o grupo tiveram a liberdade provisória concedida pela Justiça, mas serão monitoradas por tornozeleira eletrônica. Além, as mulheres estão proibidas de se aproximar de qualquer presídio por 300 metros.

O grupo foi preso, na segunda-feira (18), durante a “Operação Ouro Branco” deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar). Os policiais já estavam investigando o grupo, mas conseguiram flagrar como eles agiam.

Modus operandi

Em resumo, o interno conseguia levar os materiais ilícitos para o presídio porque tinha autorização para dirigir veículo carregado com lixo para fora da unidade prisional. Ele era acompanhado pelo policial penal que também fazia parte do esquema. Os carregamentos eram feitos três vezes por semana.

O detento “organizava” o lixo nas laterais do reboque do veículo para impedir que câmeras de segurança filmassem ele organizando as drogas, bebidas e celulares em fundos falsos do reboque do veículo.

O material ilícito era deixado horas antes em container ao lado de onde o veículo seria estacionado. As responsáveis por levar o material até o local eram as mulheres, sendo uma delas esposa do interno. A ação para entrada da droga e celulares no presídio durava, em média, uma hora.

Policial Militar reformado

A assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que a corregedoria da instituição está acompanhando o caso, mas as investigações continuarão sendo feitas pela Denar.

Ainda conforme a assessoria da instituição, o policial reformado cumpria pena em regime aberto no Presídio Militar Estadual por homicídio.

Ele matou um jovem de 21 anos durante uma briga de trânsito. O crime aconteceu em 2016 no município de Rio Verde. Ele já estava na reserva da PM e, em 2017, o Conselho da Polícia Militar foi unânime em decidir pela reforma do militar. Diferente do policial da reserva, os militares reformados não podem mais voltar à ativa.

Policial Penal

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) também divulgou nota sobre o caso. Eles informaram que a ocorrência será acompanhada, mas detalhes não serão repassados para não atrapalhar as investigações. Eles enfatizaram que, “a operação foi extremamente positiva para o sistema prisional, no sentido de identificar e eliminar este meio de acesso de ilícitos, prática que a administração penitenciária vem buscando por todos os meios combater”, finalizaram.

* Por G1 MS

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