Ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, é indiciado por participação em esquema de desvio milionário
O ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja, foi indiciado pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e deve responder por crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, peculato, lavagem de dinheiro e emprego irregular de verbas públicas. Além do político, outras nove pessoas também foram indiciadas por participação no esquema que desviou mais de R$ 23 milhões da Prefeitura.
O inquérito policial foi encerrado na terça-feira (05) e entregue ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A operação Dark Money foi deflagrada na quarta-feira (22) para apurar a existência de uma conta bancária de fachada por onde eram feitos pagamentos em cheques por integrantes do alto escalão da Prefeitura de Maracaju a empresas.
As empresas beneficiadas não mantinham relação jurídica com o município e não havia emissão de notas fiscais. Além disso, os valores não eram submetidos a empenho de despesas pela prefeitura. Em menos de 1 ano foram feitos, de acordo com o Dracco, mais de 150 repasses e emitidos 600 cheques que totalizaram R$ 23 milhões.
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O ex-prefeito não foi encontrado no dia da operação e chegou a ser dado como foragido até se entregar na sexta-feira (24). Entre os indiciados, quatro foram presos preventivamente, sendo 3 encarcerados e um cumpre prisão domiciliar, quatro são monitorados com tornozeleira eletrônica e um não foi preso.
Na primeira fase da operação, 75 lâminas de cheque foram analisadas, junto ao Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro. Mais de 500 lâminas de cheque ainda precisam ser analisadas. Com isso, uma representação foi apresentada ao MPMS para a continuação da investigação.
O site MS Hoje não conseguiu entrar em contato com a defesa do ex-prefeito Maurílio Azambuja.