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Comunidade Quilombola Tia Eva recebe atendimento de podólogos

“Foi muito maravilhoso e importante para nós, muitos aqui nem conheciam o trabalho desses profissionais. Essa ação nos trouxe uma nova visão porque pensávamos que era só limpar o pé na pedicure e pronto. Eu que sou diabética, por exemplo, não sabia que tinha que ter cuidados específicos ao trata-los. Hoje vi como é importante até mesmo como retirar cutículas, cortar as  unhas e hidratação. Estou muito satisfeita”, relata Lúcia da Silva, vice-presidente da Associação da Comunidade Tia Eva.
Lúcia foi atendida por uma das podólogas que foram levar atendimento até o local, uma ação da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos de Campo Grande (SDHU) realizada no sábado(18), projeto desenvolvido pela instituição que atende gratuitamente a população em parceria com o Consultório Fernanda Bittencourt.
“Essa é 3° edição do Podoação, realizada por meio da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CPPIR). A podologia se dedica aos cuidados com os pés, sua anatomia e patologia, que estão sujeitos a desgastes que podem resultar em vários problemas de saúde”, aponta o subsecretário da SDHU, Amadeu Borges.
A ação integra o projeto Reviva Mais Campo Grande e disponibilizou 12 profissionais para atender cerca de 20 quilombolas que fizeram inscrição antecipada por meio da CPPIR. Fernanda Bittencourt, podóloga parceira da ação, explica que muitas pessoas ainda confundem o atendimento especializado com pedicure melhorado. “Nosso trabalho não é somente uma questão de higiene ou estético; realizamos prevenções e tratamentos patológicos tais como úlceras plantares, onicopritose (unha encravada), calosidades e perfurações que, em pessoas diabéticas por exemplo, podem levar até a amputação do membro”, explica.
No caso de Lúcia, atendida por uma das profissionais na ação, a orientação da pódologa Simone é que mantenha o tratamento como forma de prevenção ao agravamento em condição do diabetes. “Além da podofilaxia que realizamos, orientamos à paciente que nenhum manuseio com os pés pode ser muito invasivo justamente para evitar ferimentos ou úlceras. É necessário também manter o corte correto das unhas e uma constante hidratação. Indicamos que faça um acompanhamento com um podólogo ao menos uma vez por mês”, diz Simone Berton.
Antes de serem atendidos pelos podólogos, os pacientes passaram por uma triagem para preencher uma ficha e apontar se são diabéticos, hipertensos ou se tem hepatites ou tromboses, diagnósticos já identificados anteriormente realizados por exames médicos.
O atendimento é continuado e em breve as profissionais retornarão à comunidade para dar andamento na verificação dos pacientes atendidos nesta manhã. Segundo a diretora-adjunta da SDHU, Bárbara Rodrigues, o Podoação pode ser estendido às outras coordenadorias da subsecretaria.
“Já atendemos assistidos das
comunidades terapêuticas parcerias da Prefeitura Municipal comunidade LGBT e logo devemos atender pessoas com deficiência e idosos. Queremos ampliar essa ação e dar atendimento para quem precisa dessa atenção com a saúde”.
A ação contou com a parceira da Escola Padrão, que cedeu técnicos de enfermagem para auferir a pressão dos assistidos.

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