Zé Pretim, o ‘Bluesmen do Pantanal’, morre aos 67 anos em Campo Grande
Foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (16) o cantor José Geraldo Rodrigues, o popular Zé Pretim, de 67 anos. De acordo com as informações, um vizinho do condomínio onde o artista morava sozinho foi quem o achou sobre a cama, já desacordado, por volta das 06 horas. O SAMU foi acionado e constatou a morte.
Ainda não se sabe os detalhes de como ele faleceu. Segundo conhecidos do músico, ele tinha a saúde frágil por problemas como diabetes e cataratas, inclusive, tinha uma consulta agendada para hoje no Hospital São Julião onde realizaria uma cirurgia para tratar a doença. Além disto, Zé ainda sofria com o alcoolismo.
O vizinho que encontrou o corpo de Zé Pretim disse que há pelo menos dois dias ele não era visto e que nesta manhã foi até o apartamento dele, no Condomínio Mato Grosso, no bairro São Jorge da Lagoa, para avisá-lo da consulta agendada. No entanto, a porta estava trancada e ele não respondeu aos chamados.
O corpo de Zé Pretim foi liberado por volta das 9 horas e já foi levado pela Pax para ser preparado para o velório. Ainda não há informações sobre o sepultamento.
Carreira
Embora longe do grande estrelato musical, Zé Pretim se tornou um personagem muito querido pela cultura sul-mato-grossense. Apelidado como ‘Bluesman do Pantanal’, ficou conhecido por participar de grandes festivais de Mato Grosso do Sul e de outros estados do País e também de programas de televisão como o Jô Soares, da Globo, em sua primeira aparição nacional, e mais recentemente no Programa Raul Gil, do SBT, onde disputou um concurso de calouros. (Veja o vídeo abaixo de uma suas apresentações)
Nascido na cidade de Inhapim (MG) se radicou em Mato Grosso do Sul há mais de 40 anos. Guitarrista, se consolidou como um dos principais nomes do blues/rock sul-mato-grossense e ganhou notoriedade por produzir releituras de canções clássicas da moda de viola com o ritmo do blues.
A música sempre foi o seu talento nato. Ele ficava ouvindo os músicos tocarem nas festas e quermesses em sua cidade natal para ver se conseguia aprender alguma coisa. Seu primeiro instrumento foi um cavaquinho, que sua mãe trocou por cinco quilos de feijão. Com medo de que o seu pai jogasse o instrumento fora – já que classificava o oficio de músico como ‘coisa de vagabundo’ -, tocava escondido e foi aprendendo as notas sozinho.