Parlamentares debatem sobre preço da cesta básica e agronegócio
Na sessão ordinária desta quinta-feira (9), o deputado Pedro Kemp (PT) levou ao plenário sua preocupação com o preço da cesta básica, que disparou em Mato Grosso do Sul. Campo Grande teve a maior alta do País, com elevação de 3,48%, registrando o valor de R$ 609,33.
“O preço da cesta básica, do combustível, do gás de cozinha, a inflação e o desemprego são os problemas reais na vida das pessoas. O pacote de arroz batendo R$ 27, o óleo de soja a R$ 8, o quilo de carne R$ 50, o botijão de gás custando mais de R$ 100. Não sobra nada para quem recebe o auxilio emergencial do governo”, afirmou Kemp.
O deputado lamentou que o presidente da República não fez referência sobre o aumento no custo de vida da população durante as manifestações do dia 7 de setembro. “A inflação dos alimentos, a crise hídrica, o aumento da energia não são preocupações do presidente. Enquanto a economia vai ladeiro abaixo, o que chama a atenção do presidente é o ministro Alexandre de Moraes”.
Para Kemp, o agronegócio é o único setor contente no Brasil, pois segundo ele, “está produzindo, exportando e ganhando dinheiro”. Zé Teixeira (DEM) também fez uso da palavra. Ele explicou que vários fatores resultam nos preços de alguns produtos, sendo um deles o dólar.
O democrata disse que a moeda americana impacta no preço dos alimentos produzidos no Brasil. “Não é o presidente da República que decide o valor do dólar. Não pode falar de modo pejorativo do agronegócio. É o setor produtivo que tem colocado a comida na mesa dos brasileiros e estrangeiros”.
Sobre as manifestações, Zé Teixeira, que é o 1º secretário da Assembleia Legislativa, salientou que os brasileiros querem o cumprimento da Constituição por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).