Na polarização política do Brasil quem ganha mesmo são os vendedores ambulantes
Na batalha das escolhas políticas-ideológicas quem realmente está ganhando são os vendedores ambulantes e comerciantes. Neste feriado de 07 de setembro, data em que se celebra os 199 anos da independência do Brasil, várias manifestações estão acontecendo em favor e contra a atual gestão do Governo Federal, mas em comum todos os envolvidos usam as cores verde e amarelo, proporcionando uma imagem que tradicionalmente só víamos em jogos de Copa do Mundo.
No centro de Campo Grande e também nas principais avenidas da cidade há, no mínimo, um autônomo com camisas da Seleção Brasileira de futebol, bandeiras do Brasil, buzinas, entre outros objetos que integram o que podemos chamar de ‘Kit Manifestação’. Com preços que variam dos R$ 10,00 até R$ 80,00, a expectativa destes pequenos comerciantes é bater a meta de um salário mínimo com o lucro das vendas e recuperar as perdas acumuladas ao longo dos últimos meses devido a crise e a inflação.
Em Campo Grande, a concentração das manifestação a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), foi na Praça do Rádio, na Avenida Afonso Pena, com início por volta as 08 horas. O número estimulado de participantes não tinha sido divulgado pela Polícia Militar até o fechamento deste texto. Com cartazes, faixas e muitos gritos, os participantes pediam, especialmente, a saída de todos os ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal (STF), também pedem o fim do comunismo e a volta do voto impresso.
Os manifestantes acompanharam um trio elétrico, que seguiu pela Avenida Afonso Pena até a sede do Comando Militar do Oeste (CMO). Por conta da manifestação, o trânsito na principal via da Capital precisou ser interditado praticamente durante toda a manhã. Os manifestantes estavam a pé, de carro, moto, bicicleta, caminhão e até mesmo à cavalo. A maioria dos participantes do ato não fazia o uso da máscara de proteção facial e não respeitavam o distanciamento social, recomendações essas essenciais para evitar a contaminação do novo coronavírus.