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Reforma garante conforto e melhoria do aprendizado na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho

Funcionária mais antiga da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, Rosa Marques Silva nunca tinha visto uma reforma tão ampla e significativa no prédio do início da década de 70. Todos os espaços físicos receberam investimento.

O prédio ganhou elevador, rampas e demais dispositivos de acessibilidade, adequação da edificação às normas vigentes de proteção contra incêndio e pânico e proteção contra descargas atmosféricas.

A cobertura foi substituída, assim como revestimentos de pisos, os banheiros e a cozinha foram totalmente reformados, as calçadas sofreram adequações e a escola ganhou pintura nova.

Rosa Marques é funcionária mais antiga da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho

Para ela, que completa 62 anos no próximo dia 30, a entrega da reforma é como um presente. “Eu amo essa escola. Já fiz de tudo aqui. Fui da limpeza, merendeira, professora sem ser professora, e hoje sou inspetora e nesses 25 anos nunca vi uma reforma como essa. Agora tem elevador, acesso para cadeirante, a cozinha, era pequenininha, hoje está linda. Eu sofria com aquela cozinha. Ficou mais aconchegante para a gente e para os alunos. O conjunto ficou ótimo”, contou Rosa. 

Resultado de um investimento de R$ 6,5 milhões (R$ 4,6 milhões da gestão estadual e R$ 1,9 milhão do governo federal), a revitalização foi entregue nesta quarta-feira (25) pelo governador Reinaldo Azambuja. “É uma alegria ter feito toda a reconstrução, ampliação e revitalização do Lúcia Martins Coelho que é, talvez, uma das escolas mais antigas de Mato Grosso do Sul, com 51 anos, lançada em 1970 e inaugurada em 1971, e principalmente pela história da Dona Lúcia (que dá nome à escola), uma pessoa que foi alfabetizada pelo esposo, construiu uma escola na sua propriedade, porque ela era apaixonada pela educação e pelo que significa a Escola de Autoria, de tempo integral, com laboratório, robótica, aprendizado. Isso fortalece a escola na volta dos alunos e faz parte de um programa que vai praticamente reformar e reconstruir todas as escolas públicas estaduais de Mato Grosso do Sul”, disse Reinaldo Azambuja.

Ele explicou que das 386 escolas estaduais, cerca de 250 já passaram por revitalização e 134 estão em fase de projeto, contratação ou início de obras. Em reformas e melhorias já foram investidos mais de R$ 350 milhões e outros R$ 150 milhões estão previstos para 2022. O governador também anunciou que, em outubro, vai enviar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa para valorizar os servidores administrativos da educação por meio do plano de cargos, carreira e salários.

Entrega da reforma de prédio histórico contou com a presença do presidente da Assembleia, Paulo Corrêa, e do secretário Eduardo Riedel (foto: Chico Ribeiro) 

Para o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, a obra, entregue na véspera do aniversário de Campo Grande, tem um significado especial pela importância da educação. “Fazer o trabalho que foi feito aqui, nessa escola, é muito simbólico, representa um plano de educação que vai transforma a realidade do nosso Estado, do nosso País e representa a melhora da qualidade de ensino, um novo sistema, ao sair da escola, esses alunos podem conduzir sua verdadeira história, com mais oportunidades”.

A secretária de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, lembrou que o objetivo da revitalização é a melhoria do ensino. “O espaço adequado, uma boa quadra, a alimentação, tudo colabora com a aprendizagem e o governador não tem medido esforços para isso”, declarou. O diretor da escola, Márcio Beretta Cossato, engrossou o coro. “Hoje a comunidade Lúcia Martins Coelho se alegra. A reforma mexeu com a infraestrutura, mas também com o aprendizado”.

A Escola Estadual Lúcia Martins Coelho foi declarada no Plano Diretor como Zona Especial de Interesse Cultural. Projetada por quatro arquitetos de São Paulo (Raymundo de Paschoal, Haron Cohen, Antonio Foz e Laonte Klawa) em 1969, ela faz parte de uma corrente da arquitetura modernista conhecida como Escola Paulista ou Brutalismo, com concreto aparente e grandes vãos, muito comum em Campo Grande na década de 70. A reforma, que manteve as características do prédio, ajuda a preservar a estrutura da escola e a história de Campo Grande.

Também participaram da inauguração da reforma o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa; secretário especial de Assuntos Estratégicos, Pedro Chaves; deputado estadual Rinaldo Modesto; diretor-presidente da Agepan, Carlos Alberto de Assis; e os vereadores Ronilço Guerreiro e Professor Juari.

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