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Brasil termina competição por equipes mistas de judô de Tóquio 2020 em sétimo

O Brasil encerrou a participação na competição de judô dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 na sétima colocação da disputa por equipes mistas, prova que estreou no Japão e causou um impacto muito positivo. A seleção foi derrotada pela Holanda, nas quartas de final, e por Israel, na repescagem, ambas por 4 a 2.

O Brasil, que havia sido medalhista de prata no Mundial 2017 e bronze nos de 2019 e 2021, não conseguiu repetir o desempenho. O destaque foi Mayra Aguiar que, com a lesão de Maria Suelen Altheman na competição individual, precisou lutar na categoria pesado e venceu seus dois combates.

“Tava com receio de lutar na categoria de cima, mas quando boto o quimono, o espírito competitivo fala mais alto. Consegui lutar bem, fui até o final. Mesmo dois shidôs atrás, fui pra cima e consegui o ippon (contra a holandesa). Na segunda luta, o objetivo era ganhar de shidô, mas vi que estava boa a pegada e consegui jogar de ippon”, analisou a medalhista de bronze nos últimos três Jogos Olímpicos na categoria meio-pesado.

“Eu odeio perder, não assisto à competição antes de lutar porque eu sinto muito o momento, vivo intensamente. A gente tem potencial, poderia chegar no lugar mais alto do pódio. Seria um feito histórico na primeira vez da competição por equipes e estávamos com muita vontade. Mas eu sei que cada um deu tudo de si”, completou.

Mesmo sem o pódio por equipes, o judô brasileiro sai de Tóquio com duas medalhas na bagagem, chegando a 24 pódios olímpicos: quatro ouros, três pratas e 17 bronzes, os últimos da experiente Mayra Aguiar e do jovem Daniel Cargnin.

“Nós fomos em janeiro ao Master em Doha e saímos sem medalha nenhuma. Nos Jogos Olímpicos, conseguimos duas medalhas. Uma superação incrível de uma atleta que enfrentou muita coisa para conquistar a terceira medalha olímpica. E um rosto novo que trouxe um grande resultado, um exemplo da renovação. Mantivemos a tradição de nos estarmos no pódio em Jogos Olímpicos. A modalidade trouxe dois bronzes e ajudou o Brasil no quadro de medalhas. Claro que queríamos mais, mas a avaliação é boa. O próximo ciclo olímpico já tinha começado para nós e o foco maior agora depois dos Jogos”, disse Ney Wilson, chefe da equipe de judô nos Jogos Tóquio 2020.

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