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Olimpíadas: Ygor Coelho é derrotado e se despede de Tóquio

“Eu sou um jogador forte”. Apesar de triste com a derrota, Ygor Coelho, primeiro brasileiro a conquistar uma vitória no badminton em Jogos Olímpicos, saiu da arena Musashino Forest Sport Plaza, entoando essa frase. O carioca não resistiu ao jogo do japonês Kanta Tsuneyma, 13° do mundo no ranking da BWF, e perdeu a partida por 14 a 21 e 8 a 21.

“Eu saio feliz, mas com o gostinho de que poderia ter feito mais. Mas ele está em casa, é um jogador experiente. Eu tenho certeza que eu fiz tudo que eu podia para performar melhor aqui. Saio daqui contente. Eu performei bem no primeiro jogo. No segundo eu sabia que ia ser difícil, consegui segurar até o 14 a 14 mas ele começou a ler meu jogo e conseguiu controlar a partida. Ele foi muito inteligente, foi mérito dele. Eu fiz tudo o que eu podia, mas ele me mostrou que eu tenho muito a trabalhar”, analisa Ygor.

O atleta de badminton se emocionou ao lembrar do ano difícil que teve. Pandemia, cirurgias e questão de contrato com o clube acabaram lhe dando mais força para treinar e chegar a Tóquio focado. Para o próximo ciclo olímpico, o 49° do mundo deseja competir em mais Circuitos Mundiais para ganhar experiência de jogo contra os melhores.

“Eu preciso de mais experiência. Eu tenho que estar em contato com esses jogadores. Nesse próximo ciclo olímpico eu quero jogar mais Circuitos Mundiais”, afirmou ele que falou do ano complicado que teve e agradeceu o apoio dado pelo Comitê Olímpico do Brasil. “Eu estou realizado. Ninguém sabe como foi esse ano de pandemia para mim. Não sabíamos se teríamos os Jogos ou não. Ai veio o adiamento e nos deu mais um ano! E eu descobri que tinha que fazer duas cirurgias, e a minha confiança foi lá embaixo. Eu tive uma crise de ansiedade, tive questão de contrato com meu clube e não sabia se conseguiria voltar. Ai eu treinei muito, por mim e por Tóquio, para mostrar para mim mesmo que eu sou forte, que eu sou um dos melhores do mundo. E eu mostrei isso hoje. Passei por todo esse processo e mostrei que sou capaz. Eu sou um jogador forte”.

 

*Por Comitê Olímpico do Brasil (COB)

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