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Policial que matou bioquímico em sala de cinema terá que indenizar família de vítima

A Justiça determinou que o policial Dijavan Batista dos Santos, hoje com 39 anos, pague pensão aos familiares do bioquímico Júlio Cesar Cerveira Filho, morto por ele com tiro dentro de uma sala de cinema, em um shopping de Dourados, a 229 Km de Campo Grande. A decisão foi publicada na última sexta-feira (9).

Conforme a decisão do juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Cível da comarca de Dourados, o policial deve pagar pensão no valor correspondente a 2/3 de R$ 3.094,88 (aproximadamente R$ 2.092,00), dividida, inicialmente, entre ex-mulher e filha do bioquímico. A filha deverá receber a pensão até completar 18 anos, ou 24 anos se cursar universidade. Já a viúva de Júlio Cesar deve receber o valor até completar 75 anos.

A defesa do policial informou que o cliente dele ainda não foi intimado, assim que vou vai recorrer da decisão. O policial está respondendo o processo em liberdade. Ainda de acordo com a defesa, a morte se deu por culpa exclusiva da vitima, e por isso seria excludente o dever de indenizar por parte do policial.

O crime

O policial e o bioquímico estavam com seus filhos para assistir a um filme infantil quando começaram a discutir por causa da poltrona que faziam uso. Eles brigaram e então houve o disparo que atingiu Júlio no tórax e o matou na hora. A sala de cinema estava cheia. Oitenta e cinco ingressos tinham sido vendidos.

A arma usada pelo policial era uma pistola ponto 40, sem registro, que o militar alegou à Polícia Civil que “usava-a de vez em quando”.

“Ele alega que [a pistola] era de seu pai, da reserva do Corpo de Bombeiros, que faleceu há 2 anos e ele ficou com a arma. Em razão da arma ser leve, portátil, usava-a de vez em quando, já que a arma disponibilizada pela PM [uma Imbel MD7] é extremamente pesada”, diz o depoimento tomado pelo delegado Rodolfo Daltro.

Câmeras de segurança do cinema registraram a briga. As imagens mostram o desentendimento entre o policial e a vítima até o momento em que se dirigem à porta do cinema, onde entraram em luta corporal seguida pelo disparo, mas não havia câmeras neste ponto do cinema.

*Por G1 MS

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