Telegram enfrenta ‘poderoso ataque de negação de serviço’
O aplicativo de mensagens Telegram disse que sofreu, nesta quarta-feira (12), um “poderoso ataque de negação de serviço”, conhecido como “DDoS Attack” (sigla para “Distributed Denial of Service”). Trata-se da tentativa de tornar os serviços indisponíveis para os usuários.
Segundo nota divulgada em redes sociais, usuários nas Américas e em outros países enfrentaram problemas de conexão. Mas os dados pessoais estão seguros, disse a empresa. Cerca de meia hora após divulgar o ataque, o aplicativo informou que a situação havia se estabilizado.
We’re currently experiencing a powerful DDoS attack, Telegram users in the Americas and some users from other countries may experience connection issues.
— Telegram Messenger (@telegram) June 12, 2019
O Telegram afirmou que, em ataques do tipo, os servidores recebem inúmeras requisições desnecessárias que impedem o processamento das legítimas.
A empresa faz um paralelo com restaurantes: imagine uma legião de pessoas na fila do McDonald’s pedindo um whopper (sanduíche do Burger King). Então, o atendente fica ocupado dizendo para elas que foram ao lugar errado e deixa de atender quem foi ao restaurante certo. O aplicativo diz que é apenas este o efeito: sobrecarga. O ataque não é capaz de roubar o Big Mac ou a Coca de quem está na fila.
O colunista do G1 Aliteres Rohr explica que, na maioria desses casos, os sites e serviços caem pela força bruta: são inundados de conexões e dados não solicitados até que a rede fique congestionada e o site não consiga atender seus visitantes reais.
O site downdetector.com, que reúne relatos de usuários sobre falhas em sites e serviços, identificou problemas no Telegram nesta manhã, a partir das 7h (horário de Brasília). A principal dificuldade era de conexão.
O aplicativo entrou no centro das atenções no Brasil após o site The Intercept publicar supostas mensagens entre procuradores da Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça. O Telegram nega que seu servidor tenha sido invadido e sugere que a possível invasão tenha ocorrido nos celulares dos envolvidos. A Polícia Federal investiga o caso.
Fonte: G!