Política

Deputados debatem situação dos indígenas que vivem em Dourados

O deputado estadual Barbosinha (DEM) trouxe a situação dos indígenas de Dourados à tribuna virtual. “Denuncio a situação de abandono que vive a maior aldeia urbana indígena de Dourados, onde estão representadas as etnias guarani, kaiowá e terena. Essa situação se agravou muito fortemente, ao longo dos últimos 12 meses, em razão da pandemia da Covid-19”, explicou.

“Falta insumos, equipamentos de proteção, medicamentos básicos e até mesmo contínuos para quem tem diabetes, hipertensão ou outras condições de saúde necessárias para centenas de pessoas cadastradas. Lá vivem mais de 17 mil indígenas que fizeram a ocupação de forma ordeira e pacífica, no polo distrital, que agora vivem de forma insalubre”, informou Barbosinha.

“No polo da Sesai, carros estão apodrecendo nos pátios, estes carros deveriam estar fazendo o atendimento aos índios, e estão abandonados no pátio do prédio da Dsei. O que acontece atualmente está associado à inércia da Fundação Nacional do Índio (Funai), somado a falata de ação da Secretaria Especial de Saúde Indígena [Sesai], e do Conselho de Saúde. Estou aqui para denunciar o que acontece, para que não volte a acontecer em Dourados o retrato fúnebre de 2004, de miséria de desnutrição infantil em nossas aldeias”, reiterou.

O deputado Felipe Orro (PSDB) considera o tema extremamente importante. “Um fato que realmente está afligindo as comunidades indígenas, a falta de atuação dos órgãos responsáveis sem assistência a saúde, famílias inteiras dizimadas pela Covid-19, e os atendimentos diminuíram. É necessário mais médicos e mais equipes médicas, pois temos uma das maiores populações indígenas do Brasil”, lembrou.

Zé Teixeira considera que há descaso com os indígenas

O deputado e 1º secretário da Casa de Leis, Zé Teixeira (DEM), também avalia que há negligência com os indígenas por parte da Funai. “A forma como a Funai e a Sesai trata desse assunto é de total descaso. Eu nunca vi tanto recurso ser recebido por uma fundação, não ser aplicado, a gente não sabe para onde vai. Não há planejamento, não há agricultura de subsistência, não há nada na reserva, o que nós assistimos quando passamos pela rodovia é uma plantação enorme de braquiara. Quem deveria assumir a maior aldeia é a Faculdade de Dourados, pois a comunidade indígena tem que ser atendida com dignidade”, concluiu.

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