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Nível do Rio Paraguai já permite embarques em Porto Murtinho

O mês de março foi aberto com a retomada dos embarques para exportação por meio dos terminais portuários de Porto Murtinho. Nos primeiros dias deste mês, foi realizado carregamento de soja no porto da FV Cereais, carga que teria como destino a Argentina.

A previsão para o ano de 2021, segundo a empresa, é de que 400 mil toneladas de grãos, já contratadas, sejam embarcadas pelo local, desde que o nível do rio continue oferecendo as condições de calado necessárias para essas operações.

As condições de navegabilidade do Rio Paraguai e a movimentação nos terminais portuários em Mato Grosso do Sul são monitoradas pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). No primeiro bimestre de 2021, conforme o monitoramento da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o nível do Rio Paraguai só saiu da condição de estiagem a partir de 13 de janeiro em Ladário; 17 de janeiro em Porto Esperança e 21 de janeiro em Porto Murtinho. Desde então, o rio tem apresentado níveis normais, com curva ascendente em fevereiro e estabilização no mês de março. Nesta quinta-feira (11), o nível do rio chegou a 2,93m em Porto Murtinho, 1,61m em Ladário e 1,60 m em Porto Esperança.

De acordo com as informações da Carta de Conjuntura do Setor Externo produzida pela Semagro com dados do Ministério da Economia, não houve movimentação nos terminais portuários de Porto Murtinho no primeiro bimestre de 2021. Já em Corumbá, nos meses de janeiro e fevereiro de 2021 foram exportadas 373 mil toneladas, enquanto no mesmo período de 2020 o volume de exportação no local foi de 661 mil toneladas.

“Estamos atentos ao monitoramento do nível do Rio Paraguai, tanto em Porto Murtinho, quanto em Corumbá e Ladário. Nos preocupa a questão do calado do rio, ainda que o momento atual ofereça condições de navegabilidade para as exportações, já tivemos uma queda nessas operações nos portos do Estado, que chegou a 51% em Corumbá. Fica muito clara a questão do impacto da crise hídrica e da dificuldade de calado restringindo as exportações por esses portos”, finaliza o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

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