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Cinco mil pessoas que vivem em áreas remotas do Pantanal terão energia elétrica

O Pantanal sul-mato-grossense está cada vez mais perto de ampliar o acesso à energia elétrica por fonte renovável. O Governo de Mato Grosso do Sul e o Grupo Energisa lançaram nesta terça-feira (2) o projeto “Ilumina Pantanal”, que levará energia elétrica ainda neste ano para cerca de cinco mil pessoas que vivem em áreas remotas do bioma e que atualmente não conta com o serviço.

De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, o projeto prevê a ligação de energia elétrica em 2.167 propriedades isoladas nos municípios de Aquidauana, Corumbá, Coxim, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso. Só neste ano, serão instaladas 1.300 unidades consumidoras. As outras 867 serão fixadas até 2022.

Projeto foi lançado na Governadoria

“Fizemos uma ampla parceria. Até o ano que vem atenderemos grandes, médias e pequenas propriedades, além de ribeirinhos e moradores tradicionais da região pantaneira. É um programa que abrange todos. Serão 90 mil quilômetros quadrados de nova cobertura. Estamos falando de uma área territorial que é quase o tamanho de Portugal, ou superior aos países da Dinamarca e Holanda juntos”, explicou Reinaldo Azambuja.

Das 2.167 novas unidades consumidoras que serão instaladas no Pantanal até o próximo ano, 77 receberão modelo tradicional de transmissão de energia elétrica. As outras 2.090 serão no sistema solar. “Não terá custo nenhum de instalação dos sistemas para os proprietários, que pagarão apenas uma tarifa social todos os meses pelo uso, uma média de R$ 30”, completou o governador.

Para ele, o projeto audacioso une desenvolvimento e preservação ambiental. “Vamos contribuir com o crescimento socioeconômico do Pantanal, com fornecimento de uma energia limpa, preservando a fauna e a flora do bioma que é patrimônio natural da humanidade”, completou Reinaldo Azambuja.

Governador Reinaldo Azambuja (centro) acompanhado do secretário Jaime Verruck (direita) e do diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhais (esquerda)

Investimento

No total, o Grupo Energisa está investindo R$ 134 milhões no programa “Ilumina Pantanal”. A partir de julho, a maioria das unidades consumidoras atendidas terão instalados microssistemas individuais de geração solar fotovoltaica e armazenamento da energia excedente em baterias. Dessa forma, o fornecimento de energia limpa e ininterrupta aos clientes fica garantido mesmo durante a noite e em dias chuvosos ou nublados, quando há pouca incidência da luz solar.

“Universalizar o acesso à energia numa região tão importante para o desenvolvimento sustentável brasileiro é um grande passo na história do Grupo Energisa. Para alcançar este objetivo, investimos em inovação e sustentabilidade, criando uma solução pioneira que vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população local e o crescimento socioeconômico do pantanal, preservando a fauna e a flora do bioma”, afirmou o diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes. De acordo com o executivo, o projeto piloto foi iniciado há cerca de três anos.

Em coletiva de imprensa, governador deu detalhes sobre o programa

Desenvolvimento e Sustentabilidade

O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), destacou que o “Ilumina Pantanal” reflete a política de desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul, implantada pelo Governo do Estado, e promove um salto na qualidade de vida da população de toda a região pantaneira, além de proporcionar ganhos significativos para as atividades econômicas das comunidades ribeirinhas e de produtores rurais.

“Temos a implantação efetiva de uma política pública, com o Governo Federal, Energisa e Governo do Estado promovendo a universalização do acesso à energia elétrica a todo o Mato Grosso do Sul. Estamos atingindo 100% do Pantanal, atendendo comunidades ribeirinhas e produtores rurais de toda a região, duas populações extremamente importantes”, pontuou Jaime Verruck.

Além disso, para o secretário, “o modelo escolhido, que é o da energia solar, tem o menor impacto ambiental e o mais adequado de ser levado a toda a região pantaneira, que conta com muitas áreas de difícil acesso”. “Trata-se de um projeto inovador, sustentável e que deve posicionar Mato Grosso do Sul como o Estado com o maior número de placas solares instaladas em um mesmo Bioma”, afirmou Jaime Verruck.

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