Revitalização levará mobilidade e acessibilidade à Rui Barbosa
Depois da requalificação da Rua 14 de Julho, outra via que passará por uma grande transformação em 2021 será a Rui Barbosa, o maior corredor de transporte coletivo de Campo Grande. Com o início das obras previsto para o próximo mês, a paisagem que hoje traz árvores disputando espaço com pedestres na calçada, asfalto desgastado, meios-fios quebrados e falta de acessibilidade, vai dar lugar a calçadas padronizadas, recapeamento e uma nova microdrenagem, isso só nas questões estruturais.
Com as obras de revitalização, a via terá mais de 13 metros de calçadas padronizadas, no trecho que vai da região da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) até a Avenida Rachid Neder, totalizando sete quilômetros.
Mas as melhorias vão além. A mobilidade urbana será o grande diferencial do Corredor de Transporte, que vai receber sete Estações de Embarque, trazendo uma nova configuração para a capital, mais fluidez no trânsito e segurança viária. “É uma via rápida, mas, o transporte público é muito lento de forma geral”, pontua Rosalino Morais, de 39 anos, otimista com as obras. Todas as estações serão dotadas de acessibilidade universal e contarão com semaforização destinada ao pedestre. Além disso, onde não houver semáforo veicular, este também será implantado para proporcionar maior segurança aos usuários da via.
As estações terão grades e guard rails para segurança do usuário. Os corredores receberão sinalização horizontal e vertical de acordo com o que dispõe o Código de Trânsito Brasileiro. Vale ressaltar que a sinalização horizontal que será implantada antecedendo a estação de embarque, será dotada de marcas de canalização (zebras) e tachas que facilitem a visualização e condução dos veículos.
A revitalização ainda prevê instalação de mobiliário urbano, o plantio de mais de 500 árvores, câmeras de segurança e wi-fi.
Corredor de Mobilidade
O projeto dos Corredores de Mobilidade tem o objetivo de melhorar a velocidade média dos ônibus, diminuindo a duração das viagens e garantindo qualidade de vida ao usuário. Sua execução é uma diretriz prevista no Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana (PMDTU) de Campo Grande e complementa o projeto de revitalização da área central, além de fazer parte do Programa Reviva Campo Grande.
Para elaboração do projeto dos Corredores foram considerados, principalmente, os aspectos operacionais do Sistema Integrado de Transporte (SIT), além de estudar os aspectos físicos das vias, como infraestrutura (pavimentação, drenagem), a relação urbanística desses corredores com o seu entorno imediato e também a relação dessa rede dos corredores com a cidade, não só no aspecto físico, mas no aspecto operacional, por exemplo, com o tráfego urbano, a acessibilidade, a economia, o conforto (ruídos, etc.), os custos de implantação, a viabilidade econômica de implantação e de operação, bem como a compatibilidade com outros planos, programas e projetos em estudo ou execução.
Os corredores de transporte estão previstos no Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana, em vigor desde 2009. São 69 quilômetros de faixas exclusivas para os ônibus trafegarem entre os terminais Guaicurus, Morenão (região sul da cidade), Bandeirantes, Aero Rancho (sudoeste), General Osório e Nova Bahia (região norte), passando pelo Centro da cidade.