Polícia diz que marido que matou influencer com 14 tiros não planejou crime
A Polícia Civil não viu indícios de crime premeditado no caso da influencer Eliane Ferreira Siolim, de 34 anos. Ela foi morta com 14 tiros pelo marido, o empresário Alejandro Antônio Aguilera, de 41 anos, e a filha do casal, de apenas 6 anos, teria presenciado parte da cena, ainda conforme a investigação.
“Nós não verificamos indícios de um crime premeditado. As testemunhas ressaltaram que ambos estavam exaltados, ingeriram bebida alcoólica e discutiram antes do crime. Já o teor do que eles estavam discordando segue sob sigilo e deveremos falar somente ao final das investigações”, afirmou ao G1 a delegada Marianne Souza, responsável pelo inquérito.
Conforme a delegada, para a conclusão do inquérito, a polícia aguarda laudos periciais e também a perícia em dois celulares. “O celular da vítima foi destruído com os tiros, mas, o celular dele [marido dela] foi recolhido e também um outro que estava na casa”, explicou Souza.
A vítima era famosa nas redes sociais e, em um primeiro momento, isso chegou a ser uma hipótese para o crime. Testemunhas, entretanto, não confirmaram essa possibilidade e disseram que o ciúme era mútuo, não havia somente por parte dele, mas, também no caso dela.
Na rede social TikTok, onde fazia dublagens, Eliane tinha pouco mais de 57 mil seguidores. Depois de sua morte, o perfil ganhou mais 11,6 mil, totalizando 68,6 mil seguidores. Alguns de seus vídeos tinham alcance de mais de 100 mil pessoas. Conforme a investigação, o último vídeo foi publicado no dia 9 de janeiro deste ano.
Mortes ocorreram durante churrasco
No dia 26 de janeiro, a investigação recebeu um laudo e mudou a ocorrência de morte a esclarecer para feminicídio, apontando que Eliane foi morta a tiros pelo marido durante um churrasco em Ponta Porã, região sul do estado, dois dias antes. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) do município.
Segundo a polícia, Alejandro teria atirado na esposa com um revólver calibre 9 milímetros durante uma confraternização familiar, no distrito Nova Itamarati, em Ponta Porã. Em seguida, ele teria cometido suicídio.
Segundo informações do boletim de ocorrência, os corpos dos dois estavam na varanda dos fundos da casa do sítio onde acontecia a festa. No local, testemunhas falaram que presenciaram uma discussão e, em seguida, os tiros. A arma de fogo usada no crime foi apreendida, assim como as munições e um carregador.
*Por G1 MS