ArtigosDestaquesEditorial

Quando as mulheres irão assumir as cadeiras presidenciais do Congresso Nacional?

Não foi desta vez que o Senado Federal, a Casa de Leis mais importante do País, elegeu como presidente uma mulher. Apesar da derrota, a presença firme, robusta e amplamente sólida de Simone Tebet como candidata – a única senadora numa pré-lista que tinha cinco candidatos declarados – deu um indicativo futuro de que tal posição política será tão logo preenchida por uma representante do sexo feminino.

É algo muito merecido e que já deveria ter acontecido nestes 30 anos da redemocratização. Elas já são a maioria da população brasileira, também têm a maior fatia representativa do eleitorado, no entanto, não conseguem estar à frente dos homens no número de candidatos a cargos eletivos e ainda sofrem com o tratamento diferenciado por parte das grandes e médias empresas, com salários e promoções desiguais.

Se em um passado recente elegemos a primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e tivemos duas presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie (2006-2008) e Cármen Lúcia (2016-2018), em longos 200 anos de história da corte, já está mais do que na hora delas ocuparem também as cadeiras presidenciais do Congresso Nacional.

Simone perde nas urnas, mas ganha no apoio popular

Simone Tebet, filha do senador e ex-presidente do Senado Federal Ramez Tebet, não saiu da eleição interna daquela Casa como derrotada, conforme desejava o presidente da República Jair Bolsonaro e todo o seu clã. O resultado das urnas deu a senadora sul-mato-grossense uma renovação de energia para enfrentar os próximos desafios que estão por vir.

Compete a ela agora não apenas o papel de ser a porta-voz da oposição, mas também o dever de carregar a bandeira das mulheres dentro de um plenário repleto de poderosos engravatados, e ainda de se fazer atender os anseios de uma sociedade que agoniza lá fora, seja por conta da pandemia, da crise econômica ou da falta de atenção por parte daqueles que deveriam ser os seus representantes no Poder Público.

Deixe um comentário