Trânsito

Técnica de enfermagem morre ao ser atingida por BMW na contramão dirigida por bêbado sem CNH

A técnica de enfermagem Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, morreu na noite deste domingo (24), em Campo Grande, após a moto que conduzia ser atingida por um carro que estava na contramão da avenida prefeito Heráclito Figueiredo, no bairro Estrela do Sul. Segundo o registro da Polícia Civil, o automóvel envolvido no acidente, uma BMW, fugia de uma abordagem da Polícia Militar.

O carro era dirigido por um homem de 29 anos, que estava alcoolizado e não tinha habilitação. Ele tem várias passagens pela polícia por outros delitos e foi preso em flagrante. Mesmo com dores no queixo, braço e cotovelo recusou atendimento médico. Sua audiência de custódia será nesta terça-feira (26).

Outros dois homens que estavam com o suspeito no carro não se feriram.

Na delegacia o condutor do automóvel disse que bebia com amigos em um evento desde às 15h e que na volta para casa se deparou com uma operação da Polícia Militar nas proximidades do jardim Imperial, na região norte da cidade.

O suspeito disse que para escapar da abordagem da polícia tentou fugir. Além de alcoolizado revelou que sua BMW era um “carro BOB”. Esse tipo de veículo geralmente tem alienação fiduciária e ordem de busca e apreensão por conta de atrasos em parcelas de financiamento. Mesmo com essa situação e documentação irregular ainda é revendido, geralmente por preço abaixo do mercado.

O motorista disse que na tentativa de escapar da PM, “furou” o semáforo e invadiu a pista contrária na avenida, onde acabou batendo na moto que era conduzida por Carla. Em razão da violência da colisão, o corpo da técnica de enfermagem foi lançado a uma distância de 10 metros do local da batida. A moto ficou presa ao carro e foi arrastada por cerca de 100 metros.

De acordo com a polícia, o suspeito relatou ainda que tentou fugir após a colisão, mas o carro bateu no meio-fio da avenida e parou em uma calçada.

Segundo o registro policial, o condutor estava “visivelmente embriagado, com olhos vermelhos e fala arrastada”, além de ter confessado que havia ingerido bebida alcoólica”. O teste do etilômetro dele apontou 0,57 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, sendo constatada a embriaguez.

Carla Jaqueline trabalhava em hospitais particulares — Foto: Redes Sociais
Carla Jaqueline trabalhava em hospitais particulares — Foto: Redes Sociais

Identificação

A polícia não encontrou documentos pessoais da vítima no local do acidente. Ela foi identificada pela filha, já na madrugada desta segunda-feira (25). A jovem contou que a mãe estava na casa de uma amiga, no Jardim Campo Nobre, e seguiria para casa, no Jardim Aeroporto, cujo um dos trajetos é a avenida onde aconteceu o acidente.

A jovem falou ainda aos policiais que o último contato com a mãe havia sido 22h01 (de MS). Como Carla não chegou em casa no horário previsto e não atendia mais as ligações, a filha rastreou o celular dela.

O rastreamento apontou que o telefone estava na Delegacia de Pronto Atendimento do Centro (Depac Cerntro). A jovem ligou na unidade policial e ficou sabendo do acidente envolvendo a mãe.

*Por G1 MS

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