Campo Grande deve ter polo de atendimento e drive-thru para vacinação contra Covid-19
As próximas etapas da vacinação contra a Covid-19 devem contar com um Polo de atendimento e um sistema drive-thru, para atendimento de pessoas com alguma debilidade ou dificuldade de locomoção que estejam enquadradas dentro do público definido como prioritário pelo Ministério da Saúde.
As estratégias previstas dentro do Plano Municipal de Vacinação contra a Covid-19 de Campo Grande foram detalhadas na sexta-feira (22) pelo secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, na Câmara Municipal.
A expectativa é de que as estruturas sejam implementadas a medida em que novas doses sejam enviadas ao município e haja liberação da vacinação dos demais públicos prioritários. Nesta primeira etapa estão sendo vacinados trabalhadores da saúde lotados em hospitais, unidades de urgência e emergência e na Atenção Primária, além de idosos asilados.
“Essas estruturas serão montadas assim que as novas etapas forem acontecendo. A ideia é facilitar o acesso destes grupos prioritários à vacina, sem que haja tumultuo. Além disso, a princípio definimos 55 unidades estratégicas que irão receber essas pessoas”, disse o secretário.
O ginásio Guanandizão deverá ser utilizado para a montagem do Polo de Imunização, e o drive-thru será instalado no Parque Ayrton Senna, no Aero Rancho. O local, inclusive, foi utilizado no ano passado para a implantação de um Polo para atendimento e testagem de pacientes com suspeita de Covid-19. As formas de acesso, identificação e agendamento prévio serão divulgadas posteriormente.
O município recebeu na noite de segunda-feira (18) 26.898 doses da vacina Coronavac e os trabalhos de imunização já começaram na manhã do dia seguinte. Entre os dias 19 e 21 de janeiro já foram imunizadas 5.375 pessoas em Campo Grande. O público total prioritário é estimado em 233,6 mil pessoas no municípío.
Durante a fala aos vereadores, o secretário José Mauro Filho apresentou ainda o cronograma e o detalhamento de distribuição das doses recebidas pelo município para os estabelecimentos de saúde e Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIS). Uma questão levantada foi a situação dos indígenas que vivem no município. A Capital concentra 4,6 mil índios que vivem em comunidades e aldeias urbanas, no entanto não foi contemplada com nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 para este público.
As aplicações seguem estratégias determinadas pelo Ministério da Saúde, que definiu os grupos de risco que receberão as primeiras vacinas. Na primeira fase, serão vacinados trabalhadores da saúde, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena aldeada. Na segunda fase, é a vez das pessoas de 60 a 74 anos.
Em seguida, na terceira fase de imunização, pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares). E, por fim, professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.