Vereador solicita compra de remédio para transplante de medula óssea
O vereador Ayrton Araújo (PT) enviou ofício para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) cobrando informações sobre o estoque e compra do Bussulfano, medicamento essencial para o transplante de medula óssea, em Campo Grande.
O remédio é fornecido para pacientes que encontraram doadores compatíveis, pois destrói as células doentes, preparando o organismo da pessoa para receber as células saudáveis.
As informações sobre o estoque do medicamento são urgentes porque o laboratório francês Pierre Fabre, único que comercializa esse produto no Brasil, anunciou, há dois meses, que vai parar a distribuição porque a fábrica, a única aprovada pela Anvisa, encerrou as atividades.
O mercado busca alternativas para continuar o fornecimento no país, mas a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia já alertou para o prejuízo no tratamento caso a distribuição seja interrompida.
“Imagina você passar dois, quatro anos na fila, buscando um doador, e no momento que você encontra esse doador, não tem o medicamento disponível pra você fazer esse tratamento”, destacou Tiago Cepas, coordenador de advocacia, ao Jornal Nacional.
Ayrton, que abraçou a causa, também vai entrar em contato com a bancada federal de Mato Grosso do Sul para cobrar diretamente o Ministério da Saúde e a Anvisa, que já sinalizou estudar ações para favorecer o acesso a produtos similares.
De acordo com Vinícius Betfuer Peixoto, advogado do Vereador Ayrton Araújo, esclareceu que em decorrência da competência comum, é de responsabilidade solidária de todos os Entes da federação a aquisição e fornecimento do respectivo medicamento, sendo um direito a saúde de todos os pacientes que buscam como única alternativa, o transplante para a cura de cânceres e doenças do sangue. Nesse sentido, diante da extrema gravidade do caso, o Vereador Ayrton Araújo, solicitou em seu oficio providências de extrema urgência do Município de Campo Grande sobre o caso.
“Temos que reestabelecer o fornecimento desse medicamento o mais rápido possível. Estamos falando de vidas que podem ser perdidas se não agirmos. Já é tão complicado encontrar um doador compatível, imagina não poder fazer o transplante por falta de um remédio essencial?”, enfatiza Ayrton.
De acordo com o Jornal Nacional, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) tem estoques do medicamento para apenas mais três meses.