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Reforma do Parque dos Poderes une resgate histórico com preservação do meio ambiente

Idealizado pelo ex-governador Pedro Pedrossian (1980-1983/1991-1995), o Parque dos Poderes concentra as sedes administrativas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Mato Grosso do Sul. A construção dos prédios foi pensada para facilitar o acesso das pessoas aos serviços públicos, tudo em um único lugar, e dar “cara de capital” para Campo Grande.

O Parque dos Poderes foi entregue em duas etapas. No início da década de 1980 foi finalizada a construção dos oito blocos que hoje abrigam as secretarias estaduais do Poder Executivo. No final da mesma década foram construídos o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas, a Assembleia Legislativa e o Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, o Palácio Popular de Cultura.

Quase 40 anos depois da entrega da primeira parte do Parque, o Governo do Estado anuncia uma completa revitalização do espaço. A ideia é modernizar o acesso da população e de servidores, assim como melhorar a estrutura para os praticantes de esportes que frequentam o local, já que o desenvolvimento dessas práticas, incluindo atividades de lazer, cresceu nos últimos anos.

Conforme o Plano Diretor do Parque dos Poderes, a reserva florestal ecológica possui 285 hectares. A reforma do espaço que abriga nascentes de córregos, apresenta extensa área de vegetação nativa, com espécies preservadas da fauna e da flora regional, vai unir o resgate histórico com a preservação do meio ambiente. A ideia agrada moradores da região e praticantes de atividades esportivas.

Cópia do Plano Diretor elaborado no início da década de 1980

Dividido em quatro setores, o Parque dos Poderes tinha em seu projeto inicial a construção do Palácio do Governo, que seria instalado na outra extremidade do Palácio Popular de Cultura. Mas a ideia não avançou e o local segue intacto até hoje.

O primeiro setor da região foi definido como Parque Ecológico, já que a área foi reservada para preservação da vegetação nativa. O Setor 2 foi destinado para as secretarias do Poder Executivo, para o Centro de Convenções (Palácio Popular) e para o Palácio do Governo (não foi edificado).

Já o Setor 3 foi reservado para a instalação de autarquias, empresas, tribunais de Justiça e de Contas, Assembleia Legislativa, creche e clube dos servidores (onde hoje funciona a Prefeitura do Parque).

Por último, o Setor 4 foi destinado para prédios de repartições federais, Academia de Polícia, Tribunal Regional Eleitoral e obras necessários para atendimento médico; além de depósitos, bancos, laboratórios, garagens, oficinas, posto de bombeiros e de polícia.

O Plano Diretor do Parque ainda organizou a padronização dos prédios: os setores 2 e 3 com fachadas em concreto aparente, fechamento de vão com esquadrias de ferro, vidro fumês, acessos asfaltados para carros, acessos em concreto para pedestres e grama na área excedente desmatada.

Já o Setor 4 ficou livre de uma padronização arquitetônica mais rígida por contar com diferentes tipos de obra.

Parque dos Poderes foi inaugurado no início da décadas de 1980 com oito blocos do Poder Executivo (Foto: Edemir Rodrigues)

Reforma

Reforma prevê construção de ciclovia nos canteiros centrais

A revitalização do Parque dos Poderes inclui o recapeamento de 110 mil m² de ruas, implantação de 4 quilômetros de pista de caminhada e corrida, 4,2 quilômetros de ciclovia no canteiro central, acessibilidade, paisagismo, 70 bancos de descanso, três estações de ginástica, reforma dos estacionamentos e instalação de 41 abrigos nos pontos de ônibus e de lixeiras, além da construção de um Centro de Apoio ao Usuário com banheiros masculinos, femininos e adaptado para pessoas com deficiência.

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