Justiça mantém prisão de mulher que matou chargista; filhos prestam depoimento
A massoterapeuta Clarice Silvestre, de 44 anos, que confessou o assassinato do chargista Marco Antônio Rosa Borges, de 54 anos, passou por audiência de custódia e teve a manutenção da prisão temporária. Segundo a assessoria de imprensa do Fórum, o procedimento teve início às 9h (de MS) e se estendeu por poucos minutos.
Na ocasião, o juiz confirmou a identidade dela, localização e, ainda conforme a assessoria de imprensa do Fórum, não “entrou no mérito do crime”. Em seguida, ela foi levada para o interrogatório na Delegacia Especializada em Repressão à Homicídios (DEH). Ao mesmo tempo, outra equipe da Polícia Civil foi até a casa dos filhos dela. Eles também foram conduzidos até a unidade policial para depoimento.
Familiar falou sobre possível interesse em acerto
Ainda muito abalada com o crime, uma familiar do chargista, que não terá a identidade revelada, disse que a assassina estaria interessada em um acerto da vítima”.
“Ele tinha um valor em dinheiro pra receber nesta semana, por esses dias, e ela sabia disso. Estava interessada. E está sendo muito difícil passar por tudo isso, ver as barbaridades que estão escrevendo nas redes sociais. Ele era uma pessoa maravilhosa, que cuidava dos pais, muito íntegro”, disse.
Conforme a familiar, os pais da vítima foram poupados de detalhes, por estarem muito abalados. “Os pais dele tinham muita esperança de que ele voltasse pra casa. Estão sem chão, muito abalados. São idosos e nós não contamos com detalhes o que aconteceu. Acho que, principalmente a mãe, não aguentaria”, lamentou.
Desaparecimento
Marco Antônio Rosa Borges foi visto pela última vez na manhã do último sábado (21), no bairro Monte Castelo, local que residia com os pais. Desde então, a família fez inúmeros apelos, registrando boletim de ocorrência e divulgando as fotos deles nas redes sociais, pedindo notícias do paradeiro.
Logo que a polícia entrou no caso, já houve a suspeita do envolvimento da mulher. Ela se apresentou como namorada do chargista, algo que a família nega. Durante depoimento preliminar, ela contou que, logo após o crime, foi até a casa dos filhos, depois viajou para o município de Coxim e então seguiu para São Gabriel do Oeste, a 141 km de Campo Grande, onde confessou o crime.
Neste período, segundo o delegado Carlos Delano, já havia um pedido de prisão protocolado contra ela. Após a confissão, uma equipe da DEH foi até São Gabriel do Oeste para buscá-la. Naquele momento, a massoterapeuta disse que agiu sozinha e indicou o local onde estava o corpo, no bairro Tarumã. No entanto, existe a suspeita do envolvimento de mais pessoas no crime.
*Por G1 MS