História de MS é perpetuada através de registros fotográficos feitos por servidor
A fotografia, por capturar muitas informações do ambiente, pode ser considerada como um registro da história e é resultado da soma do olhar do fotógrafo com a aplicação das técnicas ideais para o momento, como iluminação e composição.
No Governo do Estado, um dos responsáveis pelo registro fotográfico que ficará perpetuado na história é o servidor Francisco Ribeiro dos Santos, de 57 anos, que acompanha diariamente as agendas do governador Reinaldo Azambuja.
E de registro histórico, o repórter fotográfico Chico Ribeiro entende. Ele começou a fotografar em 1982, durante a primeira gestão do governador Wilson Barbosa Martins e permaneceu nos governos de Ramez Tebet e Marcelo Miranda. Nos anos de 1990 a 1998, atuou na assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa. Em seguida, trabalhou no gabinete do então deputado Zé Teixeira e realizou freelancers na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul).
Toda essa trajetória foi possível graças a várias oportunidades oferecidas ao Chico, quando atuava como guarda mirim e foi designado para trabalhar de office boy na extinta editora Matogrossense, que publicava a Revista Grifo.
“O interesse pela fotografia foi do meu início de trabalho, em 1979. O Raimundo Alves Filho, o Raf, comandava a fotografia na editora e ele era fotógrafo do Dr. Lúdio Coelho, Dr. Wilson – ele sempre atuou com esses grandes políticos de Mato Grosso do Sul. Um dia ele me questionou se eu queria aprender a fotografia e eu disse que sim, foi quando comecei pelo laboratório”, relembrou.
Como naquela época as máquinas eram analógicas e as fotografias em preto e branco, os primeiros passos dentro do laboratório foram: corte do filme, copião, revelação, divisão dos químicos, ampliação, colocação do filme em carretel, entre outros.
“Foi toda uma sequência de aprendizado dentro do laboratório e quando o Dr. Wilson ganhou a eleição, eu fiz todo o design e a preparação da mudança da marca no laboratório fotográfico. Concluída essa fase, o Dr. Wilson assumiu e eu fui para o Parque dos Poderes auxiliar o laboratório e a coisa foi fluindo. Quando foi um dia, eles perguntaram se eu queria fotografar e eu disse que sim, porque já tinha o know-how de trabalhar no laboratório e o ampliador é uma máquina fotográfica, então tem o diafragma, a abertura, tem a quantidade de luz que tem que expor para você não ‘torrar’ a imagem.”
Chico ainda conclui que “foi gratificante esse conhecimento no laboratório e outro aprendizado muito grande foi trabalhar junto com o Raimundinho, Roberto Higa, Tião Guimarães, que são pessoas mais experientes da fotografia. Depois disso, não parei mais”, comentou Chico.
Com tanta bagagem adquirida, Chico foi convidado para atuar na Subsecretaria de Comunicação como fotógrafo do governador, gestor que conhece desde quando era prefeito de Maracaju e assumiu a presidência da Assomasul.
“Todos os governadores têm o seu fotógrafo e nesse caso estou aqui no Mato Grosso do Sul, oficialmente, com a responsabilidade de fotografar o governador Reinaldo Azambuja. Então isso é muito gratificante na minha vida e me deixa muito realizado, porque da onde eu vim, da minha história… Então isso pra mim é marcante e difícil de não emocionar…”, diz com a voz embargada de emoção.
Além de ficar à disposição do gabinete do governador para cobrir agendas internas, Chico também se dedica às agendas externas, eventos públicos e as demandas da Subsecretaria de Comunicação, atribuições que desafiam não apenas a rotina corrida do fotógrafo, mas que também reforçam a paixão que tem pelo trabalho.
“É muito recompensador, porque você acaba criando uma família no seu local de trabalho e apesar dos desafios diários, eu faço meu trabalho com garra e com vontade de cada dia fazer melhor, um ângulo diferente, uma posição, então esse é o dia a dia do fotógrafo. Acho que no dia que a pessoa perder o ânimo e aquele frio na barriga de fazer uma agenda e uma fotografia, acabou. É ir para a casa e cuidar dos netos”, pondera.
E mesmo trabalhando diariamente com fotografia, engana-se quem pensa que o servidor deixa seu equipamento de lado nas horas vagas. Ele, que possui um espírito de coragem e de aventura, conta que durante o seu tempo livre gosta de dividir a sua paixão pela fotografia com o entusiasmo de pilotar sua motocicleta.
“No meu dia de folga, eu não saio de casa sem a máquina fotográfica. Como eu sou motoqueiro, meu hobbie é andar de moto, mas a máquina está sempre comigo. A fotografia está no sangue, então a máquina é um anexo da minha vida. É como hoje usar a máscara, você não sai sem máscara”, finaliza.
Por Ana Letícia Gaúna, da SAD