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História repetida: Santa Casa restringe cirurgias do pronto-socorro

Mais uma vez a Santa Casa de Campo Grande precisa recorrer à suspensão das cirurgias eletivas do seu Pronto-Socorro devido a falta de insumos. A informação partiu da diretoria da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantedora do estabelecimento hospitalar, através de uma nota oficial nesta sexta-feira (28).

Conforme o texto, ficam suspensas as cirurgias de emergência e precedimentos que não colocam em risco a vida dos pacientes. A decisão da entidade visa evitar um colapso devido a limitação do estoque de materiais para as cirurgias e medicamentos.

A Santa Casa também quer a regulação dos pacientes para outros hospitais, tanto em Campo Grande como também no interior.

“O consumo desses estoques se elevou exponencialmente nos últimos meses, desde que a instituição passou a atuar como hospital retaguarda, diante da necessidade de atendimento aos pacientes graves provenientes dos outros hospitais da rede SUS, principalmente do Hospital Regional, que restringiu a assistência aos casos da Covid-19”, cita parte da nota.

Ainda conforme o hospital, os órgãos de Saúde do Município de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul já haviam sido notificados sobre a restrição nos atendimentos. A ABCG ressaltou também que, assim que os quadros clínicos estiverem estabilizados, os pacientes deverão ser transferidos para outros locais de atendimento para a continuidade do tratamento.

Em resposta ao anúncio da Santa Casa, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) disse que não vê motivos para a suspensão das cirurgias. Também através de nota, a pasta ressaltou que todos os meses a ABCG recebe R$ 20 milhões do Poder Público e que nesta pandemia provocada pelo Covid-19 recebeu R$ 13 milhões a mais. O hospital é a referência no tratamento da doença em MS.

Ainda conforme a Sesau, já foi feito o contato com a administração para apurar o que está acontecendo, mas adiantou que os números da Santa Casa indicam estabilidade na sua produção e demanda e que as cirurgias eletivas já não estavam sendo feitas desde o começo da pandemia o que injustifica uma eventual paralisação ou redução de atendimentos no pronto-socorro.

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