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Vereador é condenado a perda do cargo por ter destruído provas de esquema fraudulento

O vereador Idenor Machado (PSBD), que já foi o presidente da Câmara Municipal de Dourados, foi condenado à perda do cargo e dos direitos políticos, além de ter que pagar uma multa por destruir provas de um esquema de empréstimos consignados fraudulentos no Legislativo daquela cidade. O caso veio à tona em 2011, na Operação Câmara Secreta.

O parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) por ter mandado apagar as provas. A sentença foi assinada na terça-feira (25) pelo juiz César de Souza Lima, que julgou procedentes os pedidos da ação civil pública proposta em 2017.

Idenor foi condenado à suspensão dos direitos políticos por três anos, ao pagamento de multa de dez vezes o valor de sua remuneração à época e à perda do cargo eletivo e/ou função pública.

Ele também está proibido de contratar o poder público ou receber benefícios ou incentivos por três anos e terá ainda que pagar o custo do processo e mais R$ 30 mil ao município de Dourados por danos morais coletivos.

Câmara Secreta

A operação apurou um esquema na Câmara Municipal envolvendo vereadores e servidores que falsificavam holerites para fazer empréstimos consignados que não eram pagos. O ex-presidente da Casa Sidlei Alves, o ex-vereador Junior Teixeira e servidores foram presos e condenados pelo crime.

Presidente da Câmara Municipal durante seis meses em 2011, Idenor Machado teria determinado a exclusão de dados solicitados pelo MP dos sistemas de informação da Câmara para dificultar a comprovação dos ilícitos. Ele sempre negou as denúncias. O vereador já anunciou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

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