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Corredores vão preservar calçadas e garantir acesso ao comércio

Os corredores do transporte coletivo, além de reduzir o tempo das viagens centro-bairro e bairro-centro,  e de espera dos usuários, no formato em que estão  sendo implantados em Campo Grande, preservarão as calçadas para os pedestre. Também vão garantir o acesso ao comércio e os imóveis de moradia situados ao longo das pistas reservadas aos ônibus.

De acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), O projeto inverte a prioridade da pirâmide da mobilidade urbana.  Ao invés do carro, na ordem, a prioridade passa a ser do pedestre, do ciclista e do transporte coletivo, vindo em seguir o transporte individual.

Os ônibus circularão na pista à esquerda da pista, antes reservada à estacionamento, deixando livre para os demais veículos que não vão precisarão mais dividir com os coletivos as duas faixas centrais de rolamento. Em frente das estações, o estacionamento será proibido na margem direita, preservando as duas faixas de rolamento para os demais veículos.

Como não haverá separação física do corredor do restante da rua, será compartilhado o uso do corredor para quem mora entrar na garagem de casa, carga e descarga e acesso dos consumidores nos estabelecimentos que dispuserem de estacionamento.

As vagas de estacionamento serão ampliadas desde que os  estabelecimentos comerciais  tenham 4,80 metros de recuo da rua. Nestes locais, 100% do meio-fio pode ser rebaixado,  o que garante a entrada e saída de um maior número de  veículos   Foi aprovada mudança de legislação de postura que libera especificamente nos corredores de ônibus o  rebaixamento de toda a extensão do  meio-fio em frente das lojas, quando no restante da cidade, o rebaixamento está limitado a 60% da testada.

A opção de implantar os corredores de ônibus na faixa à esquerda,  quando as portas de embarque e desembarque dos ônibus estão a direita, tem sido questionada, mas a arquiteta e urbanista Andrea Figueiredo garante: foi uma escolha técnica, que não trazer um grande impacto no dia-a-dia das pessoas.

Se as estações de pré-embarque e embarque fossem do lado direito, ocupariam a calçada. Obstruindo a passagem dos pedestres, além de prejudicar os moradores que ficariam sem acesso à garagem.  Como as estações foram projetadas para ter até 40 metros de plataforma, fechariam a entrada de pelo menos três casas.  Haveria também prejuízo para os estabelecimentos comerciais nestes locais, que  certamente perderiam movimento. Haveria também um impacto ambiental, com  remoção de árvores e gastos com a retirada dos postes da rede de energia elétrica, o que gera um custo de R$ 10 mil por poste.

Outro fator impeditivo para colocar as estações no passeio público e o tamanho das calçadas (3 metros de largura), quando seria preciso 4,5 metros de calçadas, considerando o espaço ocupado elas estações (2,5 metros de largura), além da exigência da legislação de recuo do meio-fio e de um mínimo de 1,2 metro para a passagem do pedestre.

Com as estações são instaladas sob uma  plataforma,  será mais fácil para o embarque e desembarque, porque ficam no mesmo nível dos degraus das portas dos ônibus. Como todas ficarão em esquinas, o usuário vai descer, apertar o semáforo de pedestre e atravessar com segurança pela faixa para  outro lado da pista.

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