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Obra do anel viário de Porto Murtinho terá conclusão antecipada

Com 50% dos serviços preliminares concluídos, como abertura do arruamento, limpeza do terreno e implantação da base para receber o pavimento, segue em ritmo acelerado a obra de implantação do contorno rodoviário de Porto Murtinho, município situado no extremo sudoeste do Estado. O investimento do Governo do Estado atenderá aos portos em construção no Rio Paraguai e futuras instalações alfandegárias.

O anel viário terá 7,19 km de extensão, do entroncamento com a BR-267, na entrada da cidade, à área portuária, contornando lateralmente ao dique de contenção de cheias construído na década de 1980. As faixas de rolamento terão 3,5 metros de largura e os acostamentos de 2,5 metros, com uma rotatória próxima a bomba que drena as águas da área interna ao dique. A estrutura também terá ligação asfáltica com o centro da cidade.

Implantação de sistema de drenagem: área contorna o dique de contenção de enchentes

Em execução pela empresa Bandeirantes, o anel viário deverá ser concluído antecipadamente, informou o engenheiro responsável pela obra, Sidney José Carvalho. “Estamos trabalhando em várias frentes, com 140 operários, e a meta é concluir em outubro deste ano, embora o prazo contratado seja para dezembro”, garantiu. Algumas dificuldades de solo (argiloso) e de ordem jurídica (ocupação irregular da área) já foram superadas, segundo o engenheiro.

Ação de governo

Cumprindo o cronograma de investimentos em infraestrutura viária e urbana em Porto Murtinho, garantindo suporte aos empreendimentos de transporte rodoviário e hidroviário que estão se instalando na região, o Governo do Estado iniciou a construção do contorno viário para acesso aos portos que margeiam o Rio Paraguai. A obra de R$ 25,2 milhões beneficia também a cidade, tirando o tráfego pesado da área central.

Primeiro trecho com camada de sub-base, na entrada dos portos, para receber massa asfáltica

Com a retomada dos embarques no terminal da APPM (Agência Portuária de Porto Murtinho) e o início das operações do novo porto, da FV Cereais, a movimentação de caminhões com cargas de soja é intensa na BR-267 em direção a Porto Murtinho. Próximo à entrada da cidade, também iniciou atividades o Centro de Triagem Mecari, megaestrutura privada que disciplinará o fluxo de veículos aos portos, com um estacionamento para 400 caminhões.

“O contorno rodoviário é uma necessidade para evitar transtornos à cidade, e faz parte de uma estrutura logística fundamental para atender ao fluxo de veículos, que agora só tende a aumentar”, disse o empresário Peter Feter, sócio-proprietário da FV Cereais. “É uma obra que também demonstra o compromisso do Estado e dá garantias e confiabilidade ao investidor, pois a logística é um dos gargalos que hoje travam os nossos negócios”, completou.

Estrutura viária atenderá ao novo complexo portuário de Porto Murtinho, a nova Paranaguá de MS. Foto Chico Ribeiro

Obra estratégica

Conforme o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a pavimentação do acesso é parte de um plano para reforçar a estrutura logística de Murtinho e toda a região Sudoeste. Além da nova estrutura portuária em operação e projetada, o município será o eixo da Rota Bioceânica, que abrirá caminho para os produtos brasileiros ao mercado asiático, via portos do Chile.

Material empregado na base da pista é transportado de jazidas distantes 20 km

O investimento que o Estado faz na construção do contorno rodoviário consolida o projeto de expansão da capacidade portuária e de incremento da hidrovia, que se transforma em importante rota para escoamento da produção, via portos da Argentina e do Uruguai, ao resto do mundo. “Essa obra melhora o acesso à região portuária, facilita o dia a dia na cidade, que já não estava suportando o tráfego pesado, e dá qualidade de vida à população”, finaliza Verruck.

Do total da obra já executada, 20% estão com base pronta para receber o lançamento da massa asfáltica, a partir da rotatória que disciplina a entrada e saída dos caminhões da área portuária em sentido à BR-262, segundo a empreiteira. Uma das dificuldades na execução do projeto é o transporte de material para terraplenagem, distante até 20 km. O serviço está sendo acompanhado pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

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