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Hospital de Campanha em Campo Grande é acionado pelo Governo

O Governo de MS, a Secretária de Estado de Saúde e o Comitê de Operacional de Emergência do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (COE-HRMS) anunciaram nesta quarta-feira (24) que a estrutura de retaguarda montada na sede da unidade hospitalar, conhecida como Hospital de Campanha, já está em funcionamento em Campo Grande.

A medida precisou ser tomada porque o sistema de leitos do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul está sobrecarregado, considerando a taxa de ocupação de leitos críticos da unidade hospitalar é de 78,1%.

Para o titular da pasta, Geraldo Resende, a estrutura foi planejada ainda no início da pandemia no Estado, como medida preventiva. “Sempre ressaltei que não queríamos chegar ao ponto de ter que usar este centro de triagem, porém nos organizamos para este momento. Este local será usado para os casos não relacionados à Covid-19. Com o atual cenário, o acionamento da tenda se torna inevitável. Esperamos que a população passe, agora, a colaborar para que a pandemia não avance ainda mais”.

Nesse momento as tendas passam por manutenção preventiva, os setores efêmeros começam a receber insumos e a área administrativa finaliza a montagem para os atendimentos. Porém, são ajustes que não impedem que o Hospital de Campanha levantado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) comece a receber os primeiros pacientes, na tarde desta quarta-feira (24.06).

A construção desta estrutura de retaguarda, com início no mês de março, como estratégia para o enfrentamento da doença, teve que ser acionada para otimizar e melhorar a estrutura hospitalar do HRMS. Com 144 leitos de enfermaria, que não serão ocupados na sua totalidade, consultórios, laboratório e farmácia, a estrutura será utilizada para pacientes não COVID-19, mas que precisam de internação. As unidades intensivas dentro do prédio continuam atendendo pacientes com o novo coronavírus e outras patologias.

No último fim de semana, como tentativa de não sobrecarregar o sistema, o HRMS transferiu 13 pacientes para outros hospitais da capital, mas o número exponencial de casos que insistem em subir na Capital elevou a taxa de ocupação dentro do Regional.

A diretora-presidente do Hospital Regional, Rosana Leite de Melo, fala sobre o acionamento da tenda e apela a sensibilização da população “Temos postergado o acionamento da tenda, mas infelizmente a pandemia se instalou de forma muito agressiva na Capital nos últimos dias. Não queríamos isso em nenhum momento, temos trabalhado de forma árdua para conter o novo Coronavírus. Nossa equipe tem se redobrado, os protocolos médicos têm dado resultado juntamente com o tele atendimento, mas infelizmente, o pior momento da pandemia está chegando até nós. Seremos firmes e fortes nesse enfrentamento. Faremos de tudo para atender a população sem que entremos em colapso, mas sem o apoio da comunidade, será impossível”.

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