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Pena máxima pode levar Jamil Name a deixar cadeia com 94 anos

Preso aos 81 anos de idade, o empresário Jamil Name poderá deixar a fria cela da cadeia quando tiver entrado na casa dos 90 anos, desafiando os limites da vida sadia e lúdica do ser humano. Alojado no Presídio Federal de Mossoró (RN), Name deve ser condenado a 13 anos de reclusão pela posse do arsenal encontrado em uma casa no Jardim Monte Líbano em maio de 2019, na Operação Omertà.

Na quinta (28) e sexta-feira (29), o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, concluiu o julgamento do caso e deve aplicar a pena máxima para todos os integrantes da quadrilha de Jamil Name, que incluem o seu filho Jamil Name Filho, os ex-guardas municipais Rafael Antunes Vieira e Marcelo Rios, os policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva, além do técnico em informática Eurico dos Santos Mota, que está preso em Coxim.

O juiz responsável deve considerar agravantes para elevar a condenação, já que as penas pelos crimes oscilam entre um e seis anos. No acumulado, a pena mínima para o bando seria de seis anos e a máxima de 13. No caso de Jamil Name, que tem 81 anos atualmente, ele sairia da cadeia somente com 94 anos.

O juiz Roberto Ferreira Filho informou, em despacho, que houve problemas no sistema do Tribunal de Justiça para subir (carregar) os vídeos dos interrogatórios. Com isso, somente após a solução do problema é que começará o prazo de cinco dias para defesa e acusação pedirem investigações complementares.

Em caso de não houver pedidos, advogados e promotores deverão apresentar as alegações finais e, por fim, será publicada a sentença aos réus.

Crime de assassinato

Jamil Name também aguarda pela conclusão de outro processo, o que trata do assassinato do estudante Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, e que pode render a quadrilha uma punição ainda maior.

Este ainda está na fase de interrogatório. O juiz responsável Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, concluiu também na sexta-feira as oitivas das testemunhas de acusação e de defesa e no dia 23 de junho deverá ouvir os réus.

Conforme o trâmite, na sequência serão proferidas as alegações finais da defesa e da acusação e depois o juiz decide se os réus vão ser submetidos ao tribunal do júri, como quer a acusação.

Ainda estão foragidos José Moreira Freires, o “Zezinho”, e Juanil Miranda Lima, que seriam os pistoleiros responsáveis pela execução. Os nomes deles foram incluídos em janeiro na lista dos criminosos mais procurados do Brasil, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Matheus Xavier foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril do ano passado quando manobrava o carro do pai, o capitão da PM aposentado Paulo Roberto Xavier, na frente de casa, no Bairro Jardim Bela Vista. O alvo dos pistoleiros era o Paulo.

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