Detidos por darem o ‘golpe da panela’, ciganos eram violentos com quem cobrava dívidas
Além de enganar pessoas em pátios de supermercados, oferecendo panelas, faqueiros e entregando mercadorias inferiores ao que foi oferecido, o “grupo de ciganos” também agia com violência quando era cobrado. Segundo um dos policiais que ouviu dezenas de vítimas, em Campo Grande, uma pessoa chegou a ser esfaqueada por um deles em Ponta Porã, na região sul do estado.
“Foram vários boletins de ocorrência registrados após a prisão deles e agora a investigação está ficando com a delegacia de cada área, apenas o reconhecimento das panelas e fotográfico está ficando a cargo do 1° Distrito Policial. Com a investigação, descobrimos que eles também agiam de forma violenta, além do estelionato propriamente dito”, afirmou o policial.
Conforme a investigação, uma pessoa atuante do grupo e com o mesmo sobrenome dos suspeitos presos, há uma semana, já esteve envolvido em uma agressão. “Eles cometiam furtos em residências e também pegavam veículos BOB, que são produtos de estelionato. Em seguida, levavam ao Paraguai aonde trocavam por mercadorias, como essas panelas e faqueiros, por exemplo. Em uma destas ocasiões, um deles foi cobrado e feriu a vítima a facadas”, explicou o policial.
Recentemente, após passarem o final de semana presos, quatro deles pagaram fiança de R$ 5 mil cada e foram liberados. Os suspeitos, sendo dois homens e duas mulheres, com idades entre 21 a 36 anos, responde por estelionato e associação criminosa. A polícia também apreendeu centenas de panelas, faqueiros, celulares e as máquinas de cartão do grupo.
Golpe antigo
No ano de 2018, quando o mesmo tipo de golpe foi aplicado na cidade, ao menos outras 10 pessoas denunciaram o crime. Além de falar que eles entregavam uma panela inferior daquela apresentada inicialmente, também falaram sobre um suposto esquema no cartão de crédito, no qual eles passavam um valor e vinha outro, dez vezes maior, na hora do pagamento da fatura.
Neste flagrante mais recente, os suspeitos foram levados para delegacia e lá parte das vítimas os reconheceram. Conforme a investigação, eles permaneceram na capital sul-mato-grossense e as vítimas pagaram cerca de R$ 1,5 mil, divididos em parcelas no cartão de crédito. No entanto, a polícia aponta que outras vítimas chegaram a gastar entre R$ 5 mil a R$ 6 mil com eles.
O grupo, que se diz cigano, tem gente de diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Curitiba, Rio Preto e Goiânia.
A polícia também pede para que, quem adquiriu os produtos, vá até a delegacia para registrar a ocorrência e fazer o reconhecimento fotográfico do grupo. O telefone para contato, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, é (67) 3312-2700 ou 3312-5745.
*Por G1 MS