Capital

Obras de drenagem no Cidade Morena estão na reta final

Retomadas há três meses, as obras de drenagem para o controle de enchentes na região do bairro Cidade Morena, em Campo Grande, já estão na fase final. Ao todo, serão executados 1,5 quilômetro de tubulação, 203 metros de galerias celulares e 220 metros cúbicos de gabião. O investimento aplicado é de R$ 2,8 milhões.

A expectativa do Município é que em até três semanas os trabalhos sejam concluídos. Toda a tubulação já foi instalada e o trabalho agora é de construção das últimas galerias e de recompactamento das ruas onde foram abertas valetas de até 3 metros de profundidade para colocação dos tubos.

Cratera

Em outra frente de serviço está sendo fechada a cratera que se formou na parte mais baixa do bairro, às margens da Avenida Gury Marques. O buraco, de 300 metros de extensão com 3,5 de profundidade, colocava em risco a pista do principal acesso ao centro para quem chega à Capital pelo macro anel rodoviário.

A erosão começou porque ali desaguava a enxurrada que, ao longo dos anos, foi levando o aterro. Foram instalados 223,6 metros de galerias celulares, estrutura de concreto, cada uma pesando 25 toneladas e com 2,5 metros de largura e agora estão sendo construídas 5 caixas de captação para escoamento da enxurrada até o Córrego Gameleira.

Onde a enxurrada deságua, num bueiro existente na pista em sentido contrário (bairro-centro), foi construído um dissipador de energia (uma espécie de escada que reduz a velocidade da água). Para proteger os barrancos foram feitos 203 metros cúbicos de gabião (com 5 degraus) para estabilizar as margens e com isto evitar que haja erosão.

Obra necessária

As obras visam evitar enchentes e captar a enxurrada que desce das Moreninhas e da drenagem implantada na parte do bairro que já foi asfaltada. O sistema de captação existente extravasa porque na época da pavimentação, feita há 10 anos, não foi construída esta tubulação para toda água atravessar a Avenida Gury Marques e desembocar no Córrego Gameleira, que nasce mais adiante, na margem direita da avenida.

Sem esta drenagem complementar, as bocas de lobo não fazem a captação necessária e com isto a enxurrada alaga as casas construídas abaixo do nível das ruas e impede a travessia de veículos de passeio.

Em alguns cruzamentos, mesmo após vários dias de estiagem, a água fica empoçada. Em função da topografia da área, uma baixada, funciona como uma espécie de bacia, que recebe toda a enxurrada que desce das Moreninhas.

Na avaliação dos engenheiros da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, junto com o crescimento população, a parte alta das Moreninhas, que hoje são 25 mil habitantes, aumentou a impermeabilização do solo e consequentemente a enxurrada chega com bem mais velocidade.

O projeto

A drenagem complementar e de controle de enchentes da Cidade Morena chegou a ser iniciada em 2014, mas acabou interrompida na gestão passada. Foi retomada em 2018, mas a empreiteira que ganhou a licitação pediu rescisão do contrato. Foi preciso refazer as planilhas e lançar um novo processo licitatório.

Na Cidade Morena receberam tubulação as ruas Salmorão; Israelândia, Ubirajara Guarani, Jaguariúna, Floreal, Inconfidentes, Travessa Manoel José de Toledo e Buenópolis. As galerias projetadas para a Buenópolis vão captar as águas pluviais que descem pela Rua Minas Novas.

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