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Editorial: você crê na gravidade do covid-19?

Por um breve momento, reflita: você crê na gravidade do covid-19?

É habitual da sociedade, na sua grande parcela, esperar que o mal nos atinga de alguma maneira para, somente então, o reconhecermos.

Com o novo coronavírus não é diferente. A maioria das pessoas desafia as recomendações médicas, de especialistas em saúde e demais autoridades no assunto colocando a vida em ‘xeque’ num perigoso jogo contra a doença.

E no movimento das peças no tabuleiro do dia a dia já se foram mais de 233 mil pessoas. Homens, mulheres, idosos, adultos, adolescentes, crianças e até recém-nascidos. Todos derrotados pela genialidade do covid-19.

Certamente você, ou a maioria dos seus familiares e amigos, acredita no potencial do vírus, mas ao mesmo tempo não crê que poderá vir a ser uma de suas vítimas, subestimando [a doença] como se fosse a pessoa mais forte do mundo.

É preciso ver para crer, sentir para acreditar. Aposto que já ouviu ou até mesmo falou para terceiros que o covid-19 “é uma doença só para idosos”, ou que “tenho uma boa saúde”, ou ainda que “é só uma gripezinha” e que todas ações realizadas são exageradas.

Aposto também que você já disse ou ouviu expressões como “existem outras doenças mais graves”, “a dengue mata mais gente” ou que “é tudo para derrubar o presidente”. Se assim for meu nobre colega leitor, parabéns, você é um alienado comedor de gravatas!

Não espere que alguém da sua família ou algum amigo muito próximo morra para passar a crer no novo coronavírus. A consciência é algo extremamente individual, mas a consequência de seus atos impacta na vida daqueles ao seu redor.

Aceite a realidade e evite aglomerações; faça a higienização das mãos com o álcool gel; não saia de casa para passeios desnecessários.

A pandemia logo vai passar e a vida prosseguirá. Eu creio, e você?

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