Política

MS: com nomes fortes, PSD espera o fim da crise

Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, as articulações para a definição da chapa que o PSD apresentará nas eleições deste ano foram colocadas em compasso de espera, diante da necessidade de as lideranças estaduais concentrarem esforços na redução dos impactos provocados pela epidemia do novo coronavírus. Mas o partido já garantiu nomes importantes para as chapas que formará na capital e no interior do Estado.

O senador e presidente estadual da sigla, Nelson Trad Filho, destacou que em 77 municípios o partido terá chapa de vereadores e em 39 cidades haverá nomes disputando o Executivo. “Estamos com nosso exército pronto para o enfrentamento das eleições de 2020. Nosso foco é lançar candidaturas nas maiores cidades. Temos 39 candidatos a prefeitos declaradores; será um número menor de eventuais candidatos a vice, porque depende de chapa”, disse. Ainda de acordo com o senador, outros partidos serão cotados.

Na capital, o prefeito Marcos Trad (PSD), pré-candidato à reeleição, afirma que, por enquanto, está pensando no combate à Covid-19 e que tinha uma agenda de pré-campanha, mas que tudo foi suspenso por causa da pandemia. “Confesso que em janeiro e fevereiro tinha um planejamento, mas deixei em segundo plano”.

De qualquer modo, nas conversas políticas, continuam as especulações sobre o nome a ser escolhido para compor a chapa como candidato a vice-prefeito, porém a confirmação de quem deve ter o nome vinculado ao do chefe do Executivo na corrida eleitoral deve demorar. Segundo o presidente municipal da agremiação em Campo Grande e secretário de governo municipal, Antônio Lacerda, a escolha do nome será o último ato da articulação.

“Fizemos uma corrida até o dia 4 de abril para a janela partidária e para filiados terem o prazo de seis meses para saírem candidatos. Terminado aquilo, fechamos qualquer tipo de assunto político. O que eu tenho dito a respeito é que a cereja do bolo é o vice. Não vamos tocar nesse assunto nesse momento. É a última coisa que vamos fazer”, afirmou o presidente ao jornal Correio do Estado.

Questionado sobre as alianças com o PSDB, DEM e PTB – que já declaram interesse em indicar um candidato a vice-prefeito para a chapa –, Lacerda destacou que outros partidos fazem parte do arco de aliança. “Estamos bem alinhados, temos um arco da aliança que ficou bem consolidado com PTB, DEM, PSB, PSDB, PSD e Patriotas. Já conversamos que seriam nosso arco de alianças, mas o que acontece: o mundo só fala em Covid-19, e acrescentamos no Brasil essa troca de ministros do governo”.

Antonio Lacerda destaca que ainda é cedo para falar sobre a pré-campanha, e a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) piorou a situação. “Não estamos nem no pé da curva ainda. Tem uma grande preocupação sobre o assunto. Não há clima para se falar em política. Não sabemos se terá eleição esse ano, a gente não sabe”, ressaltou, mencionando a possibilidade de adiamento das eleições por conta da pandemia.

Ainda de acordo com o presidente do PSD na Capital, não houve conversa com os partidos que compõem a aliança durante a pandemia, mas, por enquanto, o alinhamento deve ser mantido, e ele garante que o prefeito deve ser candidato à reeleição. “Tivemos antes desse período de montagem, conversamos com esses partidos e alinhamos que estariam conosco. Não teve mais nenhuma fala. Marquinhos será candidato à reeleição. Temos a resposta da população, que clama por isso. O PSD tem um pré-candidato à reeleição. Agora quem será o vice será no último dia”, ressaltou.

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