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Casal que agredia crianças em chácara vai responder por tortura

Chinelo, cinto e até mesmo o fio de um ventilador eram usados por um casal para agredir o filho deles, de três anos, em uma chácara de Campo Grande. O padastro de 19 anos e a mãe da criança, de 21, estão presos por prática de tortura e podem ser condenados a uma pena de até 12 de prisão.

O caso veio à tona no dia 21 deste mês, após o casal levar a menina até uma unidade de saúde, de onde foi transferida para a Santa Casa. A criança apresentava lesões no rosto e pescoço e equimose em diversas partes do corpo, além de lesão semelhante a queimadura na parte interna da virilha esquerda e fratura exposta no osso da tíbia.

Os ferimentos chamaram a atenção dos médicos e enfermeiros, que acionaram o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, que passou a investigar o caso. No mesmo dia, enquanto a menina era atendida no hospital, os investigadores interrogaram a mãe, que alegou que a criança tinha caído do berço, mas acabou caindo em contradição várias vezes e foi presa.

O padastro, que já não estava mais no hospital, foi capturado na casa do pai dele, no bairro Santa Emília. No depoimento, negou as agressões, mas culpou a esposa, dizendo que ela costumava bater na menina por ela ser muito arteira. Na oportunidade, ele foi preso por ser foragido da Justiça.

Nesta semana, a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), responsável pelo caso, concluiu o inquérito. Além da menina, outra criança, de apenas oito meses de vida, também era agredida pelo casal. O bebê passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina e Odontologia Legal [Imol] por apresentar lesões.

Na chácara em que a família morava, nas proximidades da avenida Três Barras, a polícia apreendeu objetos que possivelmente eram usados para as agressões, como um fio de ventilador, cinto e um chinelo. As crianças foram encaminhadas para um abrigo.

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