DestaquesPolicial

Taxista é executado após falsa corrida na Capital

Um taxista de 44 anos foi encontrado morto na BR-262 neste domingo (26). Já o carro dele estava no bairro Santa Emília, segundo a Polícia Civil. Ele atuava há cerca de 20 anos no ramo e teria sido morto com um tiro na cabeça.

A irmã da vítima registrou o boletim de ocorrência, durante a madrugada, na Delegacia de Pronto Atendimento (Depac) Centro. Ela disse que o taxista estava em casa, prestes a sair para fazer uma corrida, quando achou o chamado suspeito, porém, mesmo assim, seguiria até o Jardim Carioca. A comunicante fala que era por volta das 23h30 (de MS) sendo que, às 00h05 “o aplicativo do táxi foi desligado”.

Preocupada, a irmã foi até a delegacia e disse que ele não tinha o hábito de sumir e nem desligar o aparelho celular. Ela então informou as características do irmão e também a roupa que ele estava usando no momento, ressaltando também que a vítima não é usuário de drogas.

“Eu fui informada durante a madrugada. Tomei um banho gelado e cheguei na delegacia por volta das 3 horas da manhã. Conversei rapidamente com o delegado e depois vi a mãe e a irmã em desespero. Foi o momento em que eu tentei acalmá-la e iniciamos as buscas, envolvendo mais de 200 taxistas. É uma categoria muito unida e nós passamos seis horas ininterruptas trabalhando juntas, procurando em UPA [Unidade de Pronto Atendimento], Santa Casa e diversos lugares”, afirmou ao G1 a investigadora Maria Campos.

Ao constatar que o aparelho havia sido desligado, a polícia traçou um ponto de partida e rapidamente encontrou o carro do taxista. “O veículo não tinha sinais de poeira, de sujeira, então, acreditamos que o carro não foi levado para estrada de chão. A linha de investigação é de latrocínio e agora vamos prender os envolvidos e, somente a partir disso, entender ao certo como a vítima foi morta e o corpo foi parar ali na rodovia”, explicou Campos.

O presidente em exercício do Sindicato dos Taxistas de Mato de Grosso do Sul (Sintáxi-MS), Fernando Yonaka, disse que a categoria está muito triste e já fez uma carreata em forma de protesto.

“Nós ficamos sabendo do crime. A central me ligou, falando da localização do carro e, em seguida, chegou a investigadora. Nesse meio tempo, ajudamos nas buscas e encontramos o corpo. A polícia já estava em outro local, bem distante de onde estava o carro. Queremos que as autoridades desvendem o carro o mais rápido possível”, disse.

De acordo com Fernando, a vítima era experiente no ramo. “Ele era um pai de família, trabalhador e se realmente o roubaram para levar 5 rodas de um carro, é algo perturbador. A família já tentou entrar em contato para pedir informações de quem pediu e nem isso conseguiu até agora com o aplicativo. Precisamos de respaldo. Estou, até agora, sinceramente, bem transtornado com esta situação. Foi uma crueldade sem tamanho”, finalizou.

* Por G1 MS

Deixe um comentário