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Mandetta garante permanência no cargo

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), afirmou nessa segunda-feira (06) que não será demitido e que continua no cargo. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também garantiu que o político sul-mato-grossense ficará na pasta. Os pronunciamentos foram necessários após a grande especulação em torno de uma demissão dele por parte do presidente Jair Bolsonaro, que ainda não se manifestou oficialmente.

Vários jornais e blogs de conteúdo político publicaram ao longo do dia que Mandetta seria retirado do primeiro escalão bolsonariano. O fato estaria ligado aos recentes desentendimentos e posicionamentos contrários entre o Bolsonaro e Mandetta com relação a pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Mandetta defende o isolamento social como principal medidas para evitar a propagação do vírus, que já matou mais de 450 pessoas em todo o território nacional. Enquanto isso, Bolsonaro quer o funcionamento normal das atividades econômicas e comerciais, acreditando que o vírus é apenas um ‘resfriadinho’ passageiro, como o próprio já disse.

Durante a tarde de hoje todos os ministros e demais autoridades ligadas ao Governo Federal estiveram reunidas no Planalto para debater a crise. Em entrevista coletiva concedida logo após o encontro, Luiz Henrique Mandetta disse que “foi uma reunião muito boa”. “Acho que o governo se reposiciona de ter mais união, foco. Todos unidos em direção ao problema”.

Com relação a sua saída, o ministro sinalizou acreditar que seria (de fato) demitido pelo presidente, depois afirmou que segue no posto. “Nós vamos continuar porque, continuando, a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome: é o covid-19”, colocou ele, repetindo uma frase que vem usando nas entrevistas diárias. “Médico não abandona paciente”.

O ministro também fez um alerta sobre perfis falsos que estão sendo criados nas redes sociais com o seu nome.

Novas medidas

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde afirmou que irá afrouxar medidas adotadas por estados e municípios contra o novo coronavírus.

Em uma diretriz publicada junto ao boletim epidemiológico desta segunda-feira, a pasta determinou que a partir do dia 13 de abril regiões que não comprometeram mais do que metade da capacidade de atendimento instalada antes da pandemia adotem o isolamento seletivo.

A medida é voltada aos grupos que correm mais riscos, como idosos e pessoas com doenças crônicas. Com a medida, o ministério pretende permitir a retomada gradual da circulação e da atividade econômica.

Por outro lado, regiões com mais da metade da capacidade ocupada deverão devem manter regras de isolamento amplo até que seus sistemas de saúde estejam providos de leitos, respiradores, testes, equipamentos de proteção e equipes de saúde suficientes.

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