Gêmeos nascem em parto raro e que ocorre 1 a cada 80 mil, diz hospital
“Isso é raro”. “É um caso raro, impressionante”. Segundo a mãe, a dona de casa Letícia Martinez, 28 anos, essas foram as palavras que ela escutava dos médicos, durante o parto no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Em seguida, soube que havia dado a luz a gêmeos, porém, um deles nasceu dentro da bolsa amniótica e sentado.
“Eu estava esperando que um deles fosse uma menina, porque tinham falado isso no ultrassom. Só que, para minha surpresa, veio dois meninos. E os médicos explicaram que era um caso raro. Deu tudo certo, foi parto normal e eu já estou em casa com eles. Estou amamentando e também dando suplementos”, afirmou a dona de casa.
Conforme a mãe, muitas pessoas queriam conhecer os recém-nascidos, mas, por conta do isolamento social, não foi possível. “Agora estou recebendo ligações de pessoas que querem me ajudar com roupinhas, graças a Deus. Tenho outros cinco filhos, de 12, 9, 6, 4 e 2 anos e 2 meses”, explicou.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, os gêmeos Adrian e Alisson chamaram a atenção dos profissionais da saúde, por se tratar de um procedimento que ocorre apenas 1 cada 80 mil partos, sendo que o fato do bebê estar pélvico não o prejudica e nem a mãe.
“Eu comecei a sentir contrações e depois fui até a maternidade. Passei pela triagem e me levaram para a sala de parto. Nasceu o primeiro e, depois de 20 minutos, tive o segundo bebê que nasceu dentro da bolsa. Estou até agora surpresa com tudo que aconteceu”, comentou.
A enfermeira obstetra que acompanhou o parto, Juliana Turci, explica que o parto natural de gêmeos não é tão comum. “Normalmente é realizado cesárea em gestação gemelar, o primeiro bebê nasceu encefálico posição da (cabeça), o segundo veio pélvico na posição (sentado) e empelicado, situação que ocorre quando a bolsa amniótica não rompe antes do nascimento, uma condição rara. Nunca tinha presenciado algo assim, foi uma experiência única e apaixonante”, disse na ocasião.
*Por G1 MS