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Cervejaria de Campo Grande vai envasar 55 mil litros de álcool 70º GL

A Cervejaria Campo Grande, que produz as cervejas Bamboa e Moema e os refrigerantes Refriko, vai parar sua linha de produção nesta terça-feira (24), mais uma vez, para envasar mais 55 mil litros de álcool 70º GL, na segunda etapa de distribuição do produto para hospitais e postos de saúde do MS.

De acordo com a empresa, o pedido do envasamento é do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul por conta da alta demanda do produto devido a pandemia do novo coronavírus. Desde então, a cervejaria “não tem medido esforços para que tudo saia da fábrica o mais rápido possível, indo na direção contrária de outras indústrias que se aproveitam do momento para reajustar pra cima o preço de seus produtos”, destaca um comunicado da marca.

O álcool que está sendo engarrafado pelo Grupo Refriko vem de uma doação de 200 mil litros feita pela BioSul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul). O produto é do tipo 96% e para se transformar em álcool 70º GL precisa antes passar por um processo de adequação.

Primeiro ele recebe uma porcentagem de água – que no caso da fábrica de cerveja Campo Grande vem do Aquífero Guarani – para se tornar menos volátil, o que faz com que ele atue por mais tempo nas superfícies.

Essa quantidade de água, que pode chegar a 25% do total a ser envasado, primeiro tem de passar por um processo de desinfecção através de luz ultra-violeta. O sistema já existe na fábrica de cervejas e pode purificar cerca de 5 mil litros de água por hora.

Para o envase e distribuição o Refriko fez a doação de mais de 50 mil garrafas pet de 2 litros, usadas no engarrafamento dos refrigerantes da marca e disponibilizou sua linha de fabricação para abastecer as garrafas com álcool por, pelo menos, 8 horas por dia.

“Não podemos pensar em prejuízo comercial num momento tão delicado que estamos vivendo. É mais importante pensar no ganho social. Fomos solicitados pelo Governo do Estado para colaborar e estaremos à disposição para o que for necessário. Espero que outros empresários tenham a mesma consciência”, afirmou Márcio Mendes, presidente do Grupo Refriko.

O processo de recebimento e envase do total de 200 mil litros de álcool pela fábrica tem sido feito em etapas para evitar riscos. Como o produto é altamente inflamável, só é possível receber e envasar 50 mil litros por dia e todo o processo é controlado pelo Corpo de Bombeiros de Campo Grande com caminhões de combate a incêndio para evitar possíveis acidentes.

Segundo a Refriko, espera-se que até o meio desta semana tenha sido envasado cerca de 250 mil litros do produto readequado, já com adição de água tratada, e que serão distribuídos pelo governo do estado às instituições de saúde.

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