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Pantanal já registrou 674 focos de incêndio neste ano

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam que até o dia 11 de março já haviam sido registrados 674 focos de incêndio na região do Pantanal Brasileiro. Deste total, 399 foram em Corumbá (MS) e outros 162 em Poconé (MT).

Neste mesmo período do ano passado o número era de 593 focos de incêndio, ou seja, houve um aumento de 13%. O ano de 2019 foi um ano intenso de incêndios no Pantanal e com baixa precipitação para a época. O alto número de focos neste início de 2020 reflete mais uma vez essa falta de chuva durante o verão no bioma.

Segundo o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), nos dois primeiros meses deste ano choveu 221 mm na região, no entanto, em igual período de 2019 choveu apenas 161 mm, 37,3% menos, e mesmo assim há um aumento nos focos de incêndio. Nos primeiros 11 dias de março ainda não foi registrado chuva.

Para o  Wetlands International e o Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal) o baixo índice de precipitação não é a única causa do aumento dos incêndios, mesmo que agrave a condição. As entidades cobram um diagnóstico preciso e urgente para descobrir os outros fatores que contribuem para as queimadas.

Em uma carta aberta publicada no dia 29 de outubro de 2019 foram apontadas outras razões que fazem aumentar os incêndios no Pantanal, tais como o corte de orçamento do IBAMA e do INPE, reação tardia de um corpo de bombeiros com capacidade reduzida, falta de ação por parte do governo em mobilizar força do Estado para controlar o fogo e falta de capacitação humana da práticas de manejo com fogo adequadas para a região. A carta completa pode ser acessada aqui.

Ano passado as queimadas registraram um recorde histórico no ecossistema brasileiro, com um aumento de mais de 300%. São áreas de alta relevância para conservação ambiental, como Porto Jofre, localizada na divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde há grande biodiversidade, por isso, as entidades classificam este novo aumento no número de focos de incêndio como alarmante.

  • Com informações do Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal

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