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Investigado por pirâmide financeira, Ronaldinho terá audiência dia 22 de maio

Preso no Paraguai suspeito de usar documentos adulterados, Ronaldinho Gaúcho teve marcado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) uma audiência de conciliação referente a um processo no qual é acusado de envolvimento com um esquema de pirâmide financeira.

G1 e a TV Anhanguera não conseguiram contato com o advogado Sérgio Felício Queiroz, que representa Ronaldinho, até a última atualização desta reportagem.

De acordo com o TJ-GO, a sessão está marcada para o próximo dia 22 de maio, às 14h30, no 1º Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania, em Goiânia.

Na decisão que determinou a audiência, o juiz Abílio Wolney Aires Neto explica que ” o comparecimento na audiência é obrigatório (pessoalmente ou por intermédio de representante, por meio de procuração específica)”.

Imagem divulgada em rede social mostra Ronaldinho Gaúcho em penitenciária em Assunção, no Paraguai, em 9 de março de 2020 — Foto: Reprodução/Repollera
Imagem divulgada em rede social mostra Ronaldinho Gaúcho em penitenciária em Assunção, no Paraguai, em 9 de março de 2020 — Foto: Reprodução/Repollera

A ação foi movida pelo Instituto Brasileiro de Consumo (Ibedec/GO) contra a empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participação LTDA, pertencente ao ex-jogador.

O órgão, sediado em Goiânia, narra que a companhia “não passa de uma simples efetiva pirâmide financeira”, que promete lucros de 400% de juros sobre um valor investido e promessa de ganhos com indicação de novos afiliados.

Narra o processo que, apesar de possuir CNPJ, a empresa não possui endereço de sede e somente um telefone de suporte.

Autoridade paraguaia analisa passaportes de Ronaldinho Gaúcho e do irmão dele, Assis — Foto: Ministério Público Paraguai/ Reprodução
Autoridade paraguaia analisa passaportes de Ronaldinho Gaúcho e do irmão dele, Assis — Foto: Ministério Público Paraguai/ Reprodução

Prisão no Paraguai

Ronaldinho e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, foram detidos na quarta-feira (4) após chegar a Assunção e estão presos de maneira preventiva, que pode durar até seis meses, no país vizinho.

O promotor Osmar Legal – que atua no processo em que Ronaldinho Gaúcho e de Roberto de Assis, irmão do ex-jogador, são investigados por uso de passaportes falsos no Paraguai – afirmou no domingo (8) ao Globoesporte.com que os dois também são investigados por outros crimes.

Foi ele quem pediu, no sábado (8), a manutenção da prisão dos brasileiros, alegando “risco de fuga e que o Brasil não extradita seus cidadãos”. Na tentativa de transformar o caso em prisão domiciliar, a defesa alegou que Assis tem um problema no coração e precisa de cuidados médicos.

A defesa havia pedido para que Ronaldinho cumprisse prisão domiciliar, mas o pedido foi negado na terça-feira (10).

O ministro da Secretaria Nacional Anticorrupção do Paraguai, René Fernández, afirmou que há indícios de que Ronaldinho Gaúcho e Assis depositaram aproximadamente 59 milhões de guaranis (cerca de R$ 42,6 mil) em uma conta de um banco público para dar início aos trâmites de naturalização. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio ABC Cardinal 730 AM, do Paraguai.

De acordo com René, a soma ainda está depositada no Banco Nacional do Fomento (BNF) do Paraguai. O valor seria uma espécie de caução para o início do processo. Na entrevista ele não explica, no entanto, se é possível fazer tal pagamento mesmo sem os pré-requisitos mínimos para a naturalização, dentre eles ter vivido três anos no país.

*Por G1

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