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Residentes médicos reforçam rede de saúde da Capital

A rede de Saúde de Campo Grande está recebendo o reforço de mais de 100 residentes formados em dez áreas distintas que irão auxiliar no atendimento das unidades de saúde  do município. Os profissionais integram os programas de residência médica, de  saúde mental e multiprofissional da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que, inclusive, é considerado o maior país.

Desde o início da semana os profissionais estão passando por um processo de acolhimento, que incluí  palestras sobre os programas de residência, a rede de assistência em saúde, cenários de prática, princípios e diretrizes do SUS, além de noções sobre o sistema de regulação, Vigilância em Saúde, Rede de Atenção Psicossocial e estratégias de informatização da Atenção Básica.

Nesta quinta-feira (05) os residentes  receberam um kit de materiais contendo mochila, pen drive, squeze, jaleco, fita métrica e estetoscópio, fundamentais para o exercício de suas atividades.

Segundo o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, é um momento histórico na saúde pública de Campo Grande, onde, pela primeira vez, se investe de forma tão abrangente na formação e capacitação dos profissionais que irão atuar nas unidades de saúde.

“Os programas de residência vão trazer qualidade ao serviço que é ofertado a população e consequentemente beneficiará o profissional que poderá se aperfeiçoar através dessa vivência no atendimento”, disse.

Um outro ponto destacado pelo secretário é a possibilidade de profissionais formados em Mato Grosso do Sul não precisaram se ausentar do Estado para integrarem um programa de capacitação desta magnitude.

“Até então o recém formado tinha que ir para estados vizinhos, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e até para outros países para conseguir fazer uma residência. Nós estamos quebrando essa barreira e proporcionando a este profissional a oportunidade de qualificar sem sair da sua cidade. Além é claro de ser remunerado por isso em um programa reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e que segue todos os padrões de qualidade”, complementa.

Ao todo são 111 residentes, sendo 30 de Medicina da Família e Comunidade, 76 das áreas de Educação Física, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia, Serviço social e Enfermagem e demais vagas para Psiquiatria.

Atualmente o município conta com 153 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), 150 de Estratégia de Saúde Bucal (ESB) e 54 equipes de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) distribuídos em 57 Unidades de Saúde da Família (USFs)  e 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A cobertura atual de ESF é de 52,42%.

Através da adesão destes profissionais a expectativa é de que as equipes de ESF sejam ampliadas para 169 e as de SB para 159, resultando no aumento da cobertura para 65%,  o que representa um salto significativo do que era em janeiro de 2017, quando registrava cerca de 35% de cobertura populacional.

“Em pouco mais de três anos conseguimos praticamente dobrar a cobertura da nossa assistência o que impacta diretamente na melhoria da qualidade da assistência e acesso da população ao serviço de saúde. É um número que consolida um resultado extremamente positivo”, diz o secretário.

Maior residência do País

A residência multiprofissional em Saúde da Família, considerada a maior do país, está dentro do processo de implementação do Laboratório de Inovação da Fiocruz.  O projeto irá beneficiar nove Unidades de Saúde da Família de Campo Grande, com reformas estruturais e a qualificação de profissionais para atuar nesses locais..

O processo de seleção da residência multiprossional atraiu mais de 2 mil inscritos de estados como Piauí, Pará, Paraná, Acre, Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Mato Grosso do Sul.

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