Polícia apura postagens de guarda que matou a ex e amigo dela
A Polícia Civil teve conhecimento de supostas mensagens postadas pelo guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, de 35 anos, que matou a tiro a ex-namorada Maxelline da Silva dos Santos, de 28 anos, além do amigo dela, identificado como Sterferson Batista de Souza, de 34 anos. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo crime de feminicídio, homicídio e também a tentativa de assassinato ao atirar na esposa de Steferson, há dois dias, em Campo Grande.
“Nós recebemos estas mensagens, porém, a informação que temos até o momento é de que ele está vivo, não está disposto a se entregar, segundo o que tem chegado para nós. Nossas equipes continuam fazendo buscas por ele”, afirmou a delegada Sueili Araújo, responsável pelas investigações.
Conforme Araújo, a família está vivendo um momento de luto e, até o momento, não conseguiram ir até a delegacia para prestar esclarecimentos.
“Além das vítimas, havia mais um casal na casa e eles já foram intimados para o depoimento. Nós também tivemos conhecimento de mais duas crianças que estavam lá e estamos aguardando as testemunhas para esclarecer os fatos”, ressaltou.
Entenda o caso
Maxelline participava de um churrasco com amigos e a filha em uma casa no Jardim Noroeste. Na madrugada de domingo (1º), Valtenir foi até o local e a chamou para conversar. Eles discutiram e ele então atirou na cabeça dela.
A amiga de Maxelline viu o crime e, ao correr para pedir ajuda, foi baleada e está hospitalizada. O marido dela, o promotor de vendas Sterferson Batista de Souza, de 34 anos, também foi atingido e morreu.
O casal ficou junto por sete meses. Em 17 de fevereiro, a estudante de pedagogia registrou boletim de ocorrência contra Valtenir, o qual estava impedido de se aproximar dela.
A Guarda Municipal não sabe se arma usada por Valtenir é a que ele usa em serviço. Porém, todas foram atingidas por projétil calibre 38, o mesmo usada pela corporação. Somente a perícia irá constatar.
Valtenir era capacitado para atender mulheres vítimas de violência doméstica. Ele não possuía antecedentes criminais. O caso é apurado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
*Por G1 MS