10 são presos em operação que apura assassinato de Léo Veras
O Ministério Público do Paraguai realizou neste sábado (22) operações de busca e apreensão para encontrar o responsável pela morte do jornalista brasileiro Léo Veras, que foi executado por pistoleiros no último dia 12, na cidade de Pedro Juan Caballero, na divisa com o Brasil. A polícia prendeu 10 pessoas.
Segundo a polícia do Paraguai, dos 10 presos, 6 são paraguaios, 3 brasileiros e um boliviano. Foram encontrados com os suspeitos dinheiro, telefones celulares e câmeras fotográficas.
Os policiais apreenderam 4 pistolas calibre 9 mm, 2 revólveres, 1 espingarda e munições de diferentes calibres. O MP afirma que os armamentos vão passar por perícia, para ver se foram utilizados no assassinato do jornalista brasileiro.
Um veículo branco também foi apreendido por ter características semelhantes ao do que foi usado no dia do crime. Além dele, outros 4 carros foram confiscados pela investigação conjunta da polícia e Ministério Público.
A operação ocorreu em 19 endereços de Pedro Juan Caballero. Os investigadores mantiveram contato com as autoridades brasileiras, mas as atividades ocorreram apenas em território paraguaio.
O promotor Marcelo Pecci, da Unidade Contra o Crime Organizado do Paraguai, disse à agência estatal de notícias “IP” que a operação terminou com “resultado parcial, mas satisfatório”. Segundo ele, os materiais apreendidos poderão ajudar a solucionar o caso.
A “Operação Alba” envolveu 10 promotores e 100 policiais, como parte de “um trabalho do Estado que responde ao crime organizado”.
Executado com 12 tiros
Lourenço Veras, ou Léo Veras, era bastante conhecido em Mato Grosso do Sul por seu trabalho. Ele era o dono de um site policial que produzia notícias da região da fronteira em português e espanhol. Frequentemente ele noticiava situações relacionadas ao tráfico de drogas.
De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, Léo foi atingido por cerca de 12 tiros de pistola 9 milímetros. Um dos disparos acertou a cabeça dele no momento em que ele tentou correr dos assassinos. O jornalista chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular da cidade paraguaia, mas não resistiu.