Felipe quer que empresas expliquem valor das novas placas
O deputado estadual Felipe Orro, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa, quer saber das empresas credenciadas junto ao Detran/MS como é composto o preço cobrado pelas novas placas do padrão Mercosul. Em sessão plenária nesta quarta-feira (5), o parlamentar apresentou requerimento ao Procon/MS, solicitando cópia integral das explicações apresentadas pelas companhias ao órgão de defesa do consumidor.
“Queremos saber por que os preços das novas placas são tão altos no Mato Grosso do Sul, considerado o maior praticado no País, o que levantou as suspeitas de formação de cartel. Sabemos que em outros Estados os preços cobrados pelo serviço chegam a ser metade dos valores daqui”, questiona o parlamentar.
O pedido foi embasado após o Procon/MS notificar as companhias prestadoras dos serviços para que as mesmas informassem a composição dos valores praticados em Mato Grosso do Sul. A nova identidade visual das placas deveria baratear o preço dos serviços de emplacamento, o que de fato não aconteceu. O Procon tem 72 horas para enviar as informações; o deputado não descarta convocar uma audiência pública.
A substituição das placas passou a ser obrigatória na última segunda-feira (3) e gerou um aumento expressivo nos preços das novas placas. Antes no Estado era cobrado por veículo automotivo, R$ 211. Agora os preços chegam a R$ 300, 35% a mais relativo ao preço atual praticado pelo Detran/MS.
Em outros Estados, onde a placa Mercosul já é obrigatória há mais tempo, a diferença de valores chama a atenção. No caso do Mato Grosso, os valores variam entre R$ 200 e R$ 230; já em Santa Catarina a média é de R$ 200. O menor preço verificado ficou no Paraná onde é cobrado em média de R$ 90 para o par de placas.